quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Edição
do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por
Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Um
fenômeno inesperado, sob a qual as máquinas partidárias não têm controle, pode
decidir o segundo turno da eleição presidencial no domingo que vem. Eleitores
que votariam em branco ou anulariam o voto, porque não aprovam nenhum dos
candidatos, ensaiam uma ação pragmática de protesto: votar em Aécio (na cabeça
deles o menos pior) para derrotar a corrupção, a incompetência administrativa e
o autoritarismo - características cristalizadas na imagem de Dilma Rousseff. A
tal voz rouca das ruas já começa a urrar mais alto contra o PT.
Dilma
pode até vencer a eleição, como indicam os sempre falhos institutos de pesquisa
e alguns informes produzidos por consultorias empresariais isentas ou não. Nas
atuais circunstâncias, o triunfo de Dilma representa uma grande derrota para
ela e seu grupo. Pior ainda, a vitória dela significa uma derrota fragorosa
para a maioria do eleitorado que deseja mudanças efetivas, honestidade e
competência na gestão da coisa pública. Dilma simboliza o contrário disto. Por
isto, não tem mais condições morais de governar o País.
Dilma
é cabra marcada para sofrer um impeachment (ou até golpe pior) em seu eventual
segundo mandato. Toda a sacanagem que ainda está para vir a público, desvendada
e confirmada, com provas, pelos vários processos resultantes da Operação Lava
Jato, tornam o governo petista absolutamente insustentável, do ponto de vista
político e econômico. O casebre de lama petralha vai desabar completamente
quando for julgado o quase certo processo na Corte de Nova York sobre os
escândalos na Petrobras. Investigações em sigilo do Departamento de Justiça dos
EUA, em conjunto com a Security and Exchange Comission (xerife do mercado de
capitais) atingirão dirigentes e conselheiros da Petrobras, com alto risco até
de envolver, diretamente, o nome da própria Dilma (que presidiu o conselhão da
estatal de economia mista nos tempos dos malfeitos de Paulo Roberto Costa e
demais aliados).
Enfim,
os sinais de que o mundo vai acabar para os petralhas já são claramente
enviados. Dilma Rousseff já foi forçada admitir, muito a contragosto, a
existência de roubalheira na Petrobras. Só falta, agora, ela assumir que sabia
de tudo. É que se espera de quem é Presidenta da República (representante
máxima da União, a controladora da empresa), com o agravante de ter sido
Ministra das Minas e Energia, Ministra da Casa Civil da Presidência e ter
ocupado, nada menos, que o cargo de “presidente” do Conselho de Administração
da Petrobras – atualmente função de Guido Mantega, seu demissionário ministro
da Fazenda.
Dilma
continua devendo uma resposta concreta aos cidadãos brasileiros, antes do risco
de acabar reeleita pela fraude eleitoral (perfeitamente possível) ou pela
expressiva votação dos ignorantes sem noção junto com os fanáticos petistas e
os beneficiados pelas diversas boquinhas oferecidas pela máquina federal com o
dinheiro público.
Com
o nosso totalmente na reta final, o candidato da “oposição”, Aécio Neves, tem o
dever de botar o dedo na cara da Dilma no debate de sexta-feira na Rede Globo
(empresa que os petistas vão tornar inviável ou “roubar” definitivamente para
eles mesmos, se conquistarem o segundo mandato). Aécio precisa deixar claro que
hoje representa uma alternativa contra a corrupção, a incompetência e o
autoritarismo representados por Dilma. Aécio tem o dever de brigar agora, se
quiser vencer a eleição, para conciliar depois, quando tiver efetivamente
vencido.
É
conversa fiada de marketeiro o fato de que o eleitor pode reprovar a agressão
nos debates. Tanto esta “tese” é mentirosa que os petistas só fazem isto: atacam,
agridem, ofendem e mentem sem parar, na maior cara de pau, e ainda são
apontados como favoritos. Aécio tem de enquadrar Dilma e não ter pena, também,
de poupar o boneco que a controla: Luiz Inácio Lula da Silva. A criatura e seu
criador seguem na balada para implantar o projeto de socialismo bolivariano no
Brasil – o mesmo modelo que hoje destrói a Venezuela, a Argentina e a Bolívia –
causando menos estragos no Equador e no Uruguai.
Aécio
só vencerá Dilma se conseguir convencer o eleitor que votaria nulo ou em branco
a apostar nele, na hora do juízo final da dedada eletrônica. Do contrário, não
terá votos suficientes para derrotar a máquina nazicomunopetralha que segue
firme em seu projeto autoritário de poder, através do enriquecimento dos
dirigentes que fazem a tal “revolução”. A continuidade de Dilma será o triunfo
de derrota do Brasil.
Dono
da chave
Zona
de rebaixamento
Incredulidade
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