Ex-petista é alvo de processo por quebra de decoro por ligações com doleiro Alberto Youssef
Publicado: 10 de dezembro de 2014 às 15:36 - Atualizado às 15:51
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou
nesta quarta-feira o pedido de cassação do mandato do deputado André
Vargas (sem partido-PR). Por 359 votos a favor, um contra e seis
abstenções, o ex-petista está enquadrado na Lei da Ficha Limpa e não
pode concorrer a qualquer outro cargo político por oito anos. O único
voto contra foi do deputado José Ayrton (PT-CE). Vargas é acusado de
intermediar, junto ao Ministério da Saúde, negócios do doleiro Alberto
Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato por
envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro.
André Vargas recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia 2, para tentar derrubar a decisão. Mas liminar foi negada pelo ministro Luís Roberto Barroso nesta quarta-feira, 10. O deputado também tentou adiar a sessão de hoje ao apresentar um atestado odontológico. Na manobra, ele também dispensou seu advogado para que não fizesse a defesa no plenário da Casa. no entanto, o deputado Eurico Júnior (PV-RJ) assumiu a função de advogado ad hoc “a contra gosto”.
Ao perder o mandato, Vargas perde o foro privilegiado e o caso de envolvimento com Youssef deixa o Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda não tomou providências, e segue para a Justiça do Paraná, responsável pelas prisões de grandes executivos brasileiros. A aliados, Vargas externa o temor de ser o próximo da fila a conhecer a cadeia.
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