23/12/2014 16h07
- Atualizado em
23/12/2014 16h16
Evento aconteceria em 2019 e reuniria 10 mil estudantes de 150 países.
'[Ele] Achou muito arriscado assumir o compromisso', diz coordenador.
Hélio Doyle, coordenador da transição, durante anúncio da
desistência do DF pela Universíade (Foto: Raquel Morais/G1)
Futuro chefe da Casa Civil e coordenador da transição, Hélio Doyle
confirmou nesta terça-feira (23) o cancelamento da realização das
Olimpíadas Universitárias de Verão – a Universíade – em Brasília.
A escolha da cidade foi anunciada no final de 2013, durante um evento
na Bélgica. O evento aconteceria em 2019 e contaria com 10 mil
estudantes.desistência do DF pela Universíade (Foto: Raquel Morais/G1)
"O governador eleito comunicou na sexta [à organização] o desinteresse do futuro governo do DF de promover a Universíade", disse Doyle. "[A decisão foi tomada por causa da] situação financeira, e é exclusivamente pela situação financeira. Seria um evento positivo para Brasília, daria destaque para Brasília."
Ainda segundo o futuro chefe da Casa Civil, o governo atual não honrou compromissos, como o pagamento de aproximadamente 23 milhões de euros, para realização do evento. "O governador eleito achou muito arriscado assumir agora o compromisso de desembolsar o montante necessário. Foi uma questão de prioridade."
O custo total estimado do investimento era de 730 milhões de euros, ou R$ 2,2 bilhões. Atletas de 150 países eram esperados para os jogos.
Brasília competiu com Budapeste e Baku, no Azerbaijão, mas as cidades desistiram da candidatura. A capital federal recebeu, então, todos 23 votos dos integrantes da Federação Internacional dos Jogos Universitários.
No vídeo exibido para a candidatura, foi apresentada a proposta de construir 22 locais de competição espalhados pela cidade e reformar áreas como o ginásio Cláudio Coutinho e o Centro Olímpico da UnB, além da construção de uma vila com mais de 2,4 mil apartamentos para as delegações estrangeiras.
O
jornalista Hélio Doyule (ao centro) junto aos novos indicados para
ocupar cargos no governo de Rodrigo Rollemberg (Foto: Raquel Morais/G1)
Mais nomes do governoO governo de transição do Distrito Federal anunciou no início da tarde desta sexta-feira (23) mais quatro nomes que integrarão a gestão de Rodrigo Rolemberg, que começa no dia 1º. Paola Aires Corrêa Lima segue como procuradora-geral do DF; Djacyr Cavalcanti de Arruda Filho assume a Controladoria; René Rocha Filho será o consultor jurídico do governador e Ricardo Callado atuará como chefe-adjunto da Casa Civil, comandando a área de comunicação institucional e interação social.
O futuro secretariado já havia sido anunciado no dia 15 e é formado por 25 pessoas – incluindo o chefe de gabinete (veja quem integra o primeiro escalão).
De acordo com o futuro chefe da Casa Civil e coordenador da transição, Hélio Doyle, a Controladoria vai substituir a Secretaria de Transparência. A estrutura da pasta vai ser absorvida pelo novo órgão, incluindo a página eletrônica onde o Executivo fornece informações sobre salários e contratos.
"A Controladoria é mais do que a secretaria. Ele [controlador] tem total poder, independência, para apurar, investigar, buscar contas, fazer auditorias", declarou. "Onde há suspeita, denúncia, a obrigação é investigar."
Doyle também afirmou que a opção por procuradores ocorre para garantir a transparência das ações adotadas pelo governo. "Qualquer irregularidade será punida. Haverá apuração, haverá sindicância", disse. "É por isso que a gente conta com dois procuradores, que pela sua própria função exercem uma função de Estado, e não de governo."
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