Sindicato diz que não foi notificado; nova assembleia ocorre na sexta.
Secretaria de Educação afirma que 95% das instituições estão fechadas.
Centro
de Ensino Fundamental 03, na Asa Sul, em Brasília, foi uma das poucas
escolas com aulas nesta quinta (Foto: Luciana Amaral/G1)
Dados da Secretaria de Educação apontam que, desde o início do movimento, 95% das instituições estão fechadas. O G1 esteve no Elefante Branco pela manhã e constatou a situação. Mesmo com os portões abertos, não havia alunos nem professores.
No
Centro de Ensino Médio Elefante Branco, na Asa Sul, alunos e
professores não apareceram para aulas na manhã desta quinta (26) (Foto:
Luciana Amaral/G1)
A decisão da Justiça autoriza o GDF a cortar o ponto dos grevistas em caso de desobediência à ordem judicial. O juiz determinou multa de R$ 50 mil para cada dia de descumprimento. A categoria tem assembleia marcada para esta sexta para discutir os rumos do movimento.
No Caseb, na Asa Sul, apenas três professoras e
cerca de 30 alunos foram às aulas
(Foto: Luciana Amaral/G1)
cerca de 30 alunos foram às aulas
(Foto: Luciana Amaral/G1)
No primeiro dia de paralisação, os professores chegaram bloquearam o Eixo Monumental. A paralisação afeta 470 mil alunos das escolas públicas do DF. A rede tem 27 mil professores, já incluindo 3,5 mil temporários.
O desembargador aceitou o argumento da procuradoria de que a paralisação traz graves prejuízos aos alunos. Na petição, a Secretaria de Educação informou que a adesão ao movimento chegou a 95% das 657 escolas públicas.
O governo também disse que “está empenhado em buscar recursos para efetivar o pagamento das verbas em atraso à categoria e que já obteve autorização junto à Câmara Legislativa para antecipar receita orçamentária, no montante de R$ 400 milhões, que deve ser liberado em abril”.
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No pedido à Justiça, a Procuradoria-Geral do DF alegou que a greve é
ilegal porque os sindicatos não fizeram as notificações prévias exigidas
por lei. No entendimento do governo, a paralisação é abusiva e
desrespeita os princípios de "proporcionalidade, continuidade do serviço
público e supremacia do interesse público", previstos na Constituição
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O juiz também agendou para o dia 5 de março uma audiência de conciliação entre sindicato e governo. A reunião está prevista para as 14h, na sala de sessões da 2ª Câmara Cível, no Fórum de Brasília.
"Diante da importância dos interesses em litígio, de um lado o dos professores e de outro o do governo do Distrito Federal, é recomendável a realização de audiência pública de conciliação, com objetivo de proporcionar os meios para uma solução consensual da demanda", disse.
Na última terça (24), Rollemberg disse que a segunda parcela dos benefícios está confirmada para esta sexta (27). A quitação das dívidas fora do parcelamento, segundo o governador, só será possível com a antecipação de receita orçamentária (ARO). A lei que autoriza a obtenção do crédito foi sancionada na semana passada pelo governador, mas ainda precisa passar pela aprovação do governo federal.
No mesmo dia, o Sinpro informou que outra reunião com o GDF estava prevista para a próxima sexta. A expectativa era de que uma nova assembleia fosse realizada em seguida. A entidade afirmou que o governo mostrou disposição para conversar, mas não apresentou propostas, valores ou datas.
A dívida com o setor gira em torno dos R$ 180 milhões. O governo pagou a primeira parcela, de R$ 35 milhões, no dia 30 de janeiro, e prevê quitar a segunda, no mesmo valor, no último dia de fevereiro, o que deixará o débito em cerca de R$ 130 milhões. No total, o governo precisa saldar uma dívida de R$ 105,3 milhões em férias e R$ 77,8 milhões em décimo terceiro.
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