BLOG do ALUIZIO AMORIM
O mercado financeiro avalia o Brasil sob diversas óticas. As principais são os fundamentos econômicos, como a inflação e as contas públicas, os aspectos regulatórios, que envolvem as votações no Congresso Nacional, e a situação política.
Este terceiro era o grande diferencial entre o Brasil e a maior parte dos países emergentes. A democracia brasileira era vista como mais sólida que a de muitas nações poderosas, como China, Índia e Rússia.
Essa característica fazia com que os investidores
desconsiderassem, de certa forma, pontos negativos, como a enorme
burocracia, na hora de aportar seus recursos por aqui. As coisas, no
entanto, começaram a mudar. Análises recentes feitas por consultorias e
bancos de investimento começam a precificar o que, no jargão dos
analistas de mercado, é chamado de 'risco político'. Essa avaliação leva
em conta, inclusive, a possibilidade, ainda que remota, de impeachment
da presidente Dilma.
Na última semana, a consultoria Eurasia publicou um relatório em que revisa para baixo suas perspectivas para a economia brasileira. O curioso é que o documento passa a considerar probabilidade de impeachment da presidente. Segundo a Eurasia, o risco está em 20%, o que é considerado baixo.
O problema é que é a primeira vez que os cálculos da consultoria
passam a levar em conta esse tipo de hipótese. "A grande lição do
segundo mandato de Dilma Rousseff é a piora das condições econômicas e
políticas. As medidas adotadas terão de ser mais construtivas. E esse
processo deve ser mais complicado e permeado de riscos do que se
antecipava meses atrás", afirmam os economistas Chris Garman, João
Augusto de Castro Neves e Cameron
Combs, em relatório. Leia MAIS
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