Do blog do
Noblat, sobre " a história esquisita do suposto perigo que corre a vida
do Procurador-Geral da República". Alô, Janot, estamos todos à espera de
sua lista e de suas medidas contra os políticos corruptos. Estamos de
olho:
Nem a
presidente Dilma Rousseff – ou somente ela – seria capaz de mobilizar
para uma viagem sua o aparato de segurança que ontem, em Uberlândia, no
Triângulo Mineiro, protegeu Rodrigo Janot, o Procurador-Geral da
República.
Ali,
Janot participou do ato de repúdio ao atentado contra o promotor Marcus
Vinícius Ribeiro Cunha, atingido nas costas por três tiros no último dia
21, na sede local da OAB.
Foram
mobilizados 80 policiais militares – entre eles, atiradores de elite. Um
esquadrão antibombas compareceu ao local, bem como um helicóptero da
polícia mineira.
Na última quarta-feira, Janot e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, tiveram uma longa conversa em Brasília.
Janot
está a poucos dias de encaminhar à Justiça a lista de políticos que
deverão responder a processos por envolvimento com a corrupção na
Petrobras. Ou pedirá apenas a abertura de processos contra eles ou os
denunciará.
Para
escapar à suspeita de que pudesse ter trocado ideias a respeito com o
ministro, Janot contou que o encontro serviu apenas para que Cardoso lhe
dissesse que sua vida corre perigo.
Há um
mês, a casa de Janot, no Lago Sul, em Brasília, foi arrombada. E quem lá
esteve permaneceu por apenas oito minutos. Foi embora levando o
controle do portão, nada mais. Esquisito!
- Eu não
sou uma pessoa assombrada, mas alguns fatos concretos têm me levado a
adotar regras de contenção - disse. E acrescentou:
-
Transformei minha casa em um presídio, até com concertina (arame farpado
elétrico e espiral). De lá para cá, tenho recebido relatórios de
inteligência e os últimos aumentaram um pouquinho o nível do risco, por
isso, as precauções que eu tomei.
O jornal O
Estado de S. Paulo apurou que a polícia de Brasília trabalha com a
hipótese de que foram ladrões comuns os invasores da casa de Janot.
A casa
fica dentro de um condomínio de casas protegidas por seguranças e altos
muros. Janot dispensou o trabalho da Polícia Federal para investigar o
que disse ter ocorrido por lá.
O ministro da Justiça afirmou que “setores da inteligência” registraram ameaças à segurança de Janot.
O único
setor de Inteligência ligado ao Ministério da Justiça é a Polícia
Federal. E ela não incluiu em nenhum dos seus relatórios informações
sobre ameaças contra o procurador-geral.
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