quinta-feira, 26 de março de 2015

O PT se mobiliza para ocupar a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e fazer a guerra da comunicação contra os brasileiros direitos.

Secom tem R$ 340 milhões para fazer a "guerra da comunicação" e robôs petistas brigam pelo seu domínio.

(Folha) O PT se mobiliza para ocupar a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República após o jornalista Thomas Traumann, 47, deixar o ministério nesta quarta-feira (25). Por trás da movimentação está o interesse no controle direto de uma verba publicitária próxima a R$ 200 milhões ao ano. A Secom possui ainda orçamento para contratação de pesquisas e assessorias, elevando a cifra para quase R$ 340 milhões. 


Segundo a Folha apurou, a presidente Dilma Rousseff ainda busca um substituto para o comando da pasta, mas pretende manter os gastos com órgãos de mídia sob a guarda da Secom, secretaria que tem status de ministério e também cuida da relação do governo com a imprensa e de sua comunicação interna e externa.


O PT defende que os veículos ideologicamente identificados com a legenda recebam mais recursos federais em detrimento dos órgãos tradicionais de imprensa. A saída de Traumann foi precipitada pelo vazamento de um texto no qual afirmava que a política de comunicação do governo era "errada e errática". Nele, também constatava o "caos político" vivido pelo Planalto. Ministro desde 3 de fevereiro de 2014, Traumann havia pedido demissão em novembro por razões pessoais, mas seguiu no posto a pedido da presidente Dilma.


A divulgação do documento revelou uma rara autocrítica do Executivo e, em razão disso, o ministro se enfraqueceu no cargo. O vazamento do conteúdo interno motivou convites para Traumann explicar, no Congresso, declarações feitas no documento, enviado a ministros e petistas. O texto diz que, após a campanha eleitoral, "robôs" usados para multiplicar, artificialmente, mensagens nas redes sociais foram desligados do lado petista e mantidos em funcionamento pelos adversários do PSDB. 



Dilma não decidiu se optará por um político petista ou se nomeará um "jornalista de peso" para o cargo. O ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), segundo a Folha apurou, quer um político. O deputado Alessandro Molon (PT-RJ) chegou a ser citado como possível ministro. Após a saída de Traumann, porém, seu nome passou a ser "fritado" por correligionários. Colegas afirmam que ele é da corrente petista minoritária denominada "Mensagem", já representada na Esplanada.


Outro nome mencionado foi o do jornalista Eduardo Oinegue, ex-editor executivo da revista "Veja".O presidente da sigla, Rui Falcão, afirma que a escolha será da presidente. "O que nós temos interesse é por uma política de comunicação que garanta pluralidade, que amplie a liberdade de expressão e que combata o pensamento único na mídia".


Inicialmente, petistas queriam transferir o controle da verba publicitária para o Ministério das Comunicações, comandado por Ricardo Berzoini (PT-SP). Ele é responsável por conduzir o polêmico debate sobre a regulação da mídia, bandeira do PT. Um dos pontos dessa reforma é o fim da propriedade cruzada, com os grupos de mídia ficando impedidos de possuir, ao mesmo tempo, TV, jornal impresso e rádio.


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