(Estado) Após ter sido alvo de um “panelaço” em diversas cidades do País quando
falou pela última vez em cadeia de rádio e TV, no dia 08 de março, Dia
Internacional da Mulher, a presidente Dilma Rousseff desistiu de fazer o
tradicional pronunciamento à Nação no 1º de maio, Dia do Trabalho. A decisão foi tomada nesta segunda-feira, 27, durante
reunião da presidente com o seu núcleo político. Desde que assumiu o
primeiro mandato, em 2011, esta será a primeira vez que Dilma não se
dirigirá aos trabalhadores na data. A comunicação será feita via redes
sociais, mas o modelo a ser usado ainda vai ser definido.
Apesar da decisão inédita, o ministro-chefe da Secretaria de
Comunicação Social, Edinho Silva, negou que a presidente tenha desistido
de ir à TV por temor de que haja novos panelaços. O episódio precedeu
os atos do “Fora Dilma” de 15 de março. “A presidenta não teme nenhum tipo de manifestação da
democracia. Toda manifestação que é oriunda da construção de um Brasil
democrático a presidenta não tem temor com isso”, disse Edinho. “A
presidente vai dialogar com o trabalhador pelas redes sociais.”
Segundo o ministro, a necessidade de uma nova estratégia de
comunicação foi “unânime”. “A presidenta só está valorizando um outro
modal de comunicação. Ela já valorizou as rádios, valoriza todos os dias
a comunicação impressa, ela valoriza a televisão e ela resolveu, desta
vez, valorizar as redes sociais”, afirmou o ministro, escalado para
falar ao final da reunião no Palácio do Planalto.Na avaliação de integrantes do governo, conforme relatos colhidos pelo
não havia anúncio de medidas a serem feitas, caso Dilma se optasse pelo
pronunciamento, o que poderia ser um motivo a mais para reacender a
reação negativa contra o governo.
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