sábado, 25 de abril de 2015

Não é preciso aceitar rótulos (esquerda ou direita) .Seja voce mesmo (a) e julgue de acordo com seus valores morais.Basta isso para constatar o mal que a desvalorização da familia tradicional está fazendo ao Brasil.





A imoralidade de quem diz que “esquerda e direita são a mesma coisa”

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Algumas pessoas metidas a engraçadinhas dizem que “não são de direita e nem de esquerda”. Segundo elas, tanto direita como esquerda defendem a intervenção do estado na vida das pessoas. Logo, seriam a mesma coisa. Em uma casca de noz isso tem um nome: equivalência moral. Ou isto é um dos métodos mais sórdidos de mentes depravadas ou é um dos enganos mais patéticos que ingênuos podem cometer.


Uma prova de que tal raciocínio é perverso ou estúpido (isto depende de seu usuário), está na recente coluna de Vladimir Safatle, intitulada “A família do estado”.  O colunista adorador de Marx faz uma crítica veemente a projetos como Estatuto da Família, que pretende, dentre outras coisas, definir família como baseada em pai e mãe. Desta feita, um casal homossexual não seria definido como família. A partir daí, Safatle passa a falar temporariamente como um liberal, dizendo que o estado não deveria ter o direito de definir o que é ou não uma família. Isto seria, então, uma intervenção do estado onde ele não deveria intervir. O pior é que eu, como um liberal (o que Safatle não é), concordo com ele.


É aí que entram os engraçadinhos e dizem: “está vendo aí, tem intervenção do estado, se tem intervenção do estado é igual”. Será mesmo, animais? Ainda que um liberal possa contestar a intervenção estatal para regular comportamentos (conservadores querem isso, enquanto liberais não dão a mínima), será que medidas deste tipo tem gerado escravidão de pessoas? Tem causado de racionamento de alimentos? Tem causado submissão de pessoas a um estado totalitário? 


Tem criado tal nível de desestruturação econômica que as pessoas precisam vender seus corpos para os donos do poder e seus amigos (que adoram muito tudo isso)? Não, simplesmente não. Nenhuma das propostas conservadoras para valorização da família tradicional tem causado servidão das pessoas em relação ao estado. No máximo, são medidas incômodas para uma minoria.



Ao final de seu texto, Safatle mostra sua intenção: para ele um mundo ideal deveria ser totalmente liberal na regulação de comportamentos e totalmente regulado em termos econômicos. Claro, ele é um esquerdista de perfil marxista. Melhor dizendo, ele é de extrema esquerda. Quanto mais regulação econômica, mais servidão do povo diante dos líderes que “regulam” tudo. A proposta de Safatle, como toda proposta socialista, é pérfida, sádica e, evidentemente, imoral. Enquanto isso, a proposta conservadora é nitidamente equivocada, em termos estratégicos.



Para os conservadores, a melhor alternativa seria um mundo liberal em termos comportamentais, mas que ao mesmo tempo permitisse que eles pudessem educar seus filhos sem a intervenção do estado até mesmo na definição do que é família. É por isso que eles deveriam lutar: que o estado não defina o que é família, mas não possa fazer isso nem mesmo em salas de aula, sob risco de punição. Existindo regras claras para proteger crianças e animais, cada um define o que é família em sua casa. Se o conservador quiser dizer que família, para ele, é baseada em pai e mãe, ótimo. Se um liberal quiser dizer que família pode ser composta por 5 pais e 13 mães, perfeito. Mas que o estado não seja usado para dizer qual conceito os outros devem usar. 




E aí as formas de se visualizar e “praticar” famílias seriam apenas comportamentos, passíveis de crítica. Neste cenário, a luta pela liberdade de expressão deveria se tornar um imperativo, principalmente para toda a direita, aí sim agora incluindo os conservadores.


Voltando às figurinhas que dizem que “esquerda e direita são a mesma coisa”, eles tem como seu principal argumento a noção de que “o estado interfere na vida das pessoas”. 


O problema que essas mentes não conseguem (ou não querem) notar é que existem naturezas diferente para as intervenções. A intervenção estatal esquerdista visa nos transformar em escravos. É estrategicamente planejada para ajudar tiranos a conquistarem poder. A intervenção estatal direitista (e apenas da ala conservadora, lembre-se) serve para atender a alguns costumes, e, pior, é um erro estratégico, na atual configuração da multiplicidade de meios de comunicação que temos hoje.




Pelo lado da esquerda, a intervenção estatal é um acerto estratégico, vindo de pessoas perversas. Pelo lado da direita, é um erro estratégico, vindo de pessoas que podem até ser perversas, mas nesse caso agem até ingenuamente. Pelo lado da esquerda, é uma forma de concentrar poder no nível da tirania. Pelo lado da direita, não há intenção alguma de concentração de poder neste nível. 



Pelo lado da esquerda, historicamente suas intervenções econômicas, quando levadas plenamente, sempre criaram e vão continuar criando escravidão, devastação econômica, submissão total e racionamento de alimentos. Tudo conforme o plano. Pelo lado da direita, historicamente suas intervenções estatais podem criar até alguns incômodos para minorias sexuais, e podem ser criticadas por isso, mas não fazem nada em torno de devastar um país intencionalmente para dar poder a tiranos.



A partir destas constatações óbvias, não há como salvar moralmente quem comete o erro de igualar as intervenções estatais econômicas da esquerda com as intervenções estatais comportamentais de (parte da) direita. O maior erro moral está em comparar uma monstruosidade moral da esquerda com um equívoco estratégico da direita. Quem faz isso acaba escondendo a verdadeira natureza da proposta esquerdista. Tudo isto apenas pela mania de “ser fashion” e aparecer para os amiguinhos dizendo “eu não sou de direita e nem de esquerda”? Chega a ser indigno e desonroso.



Para piorar, toda ação de equivalência moral (como, por exemplo, comparar chargistas mortos com seus assassinos) só serve para ajudar os merecedores das piores avaliações éticas. Obviamente, são os esquerdistas. Assim sendo, toda ação de equivalência moral entre direita e esquerda, apenas por dizer que “se há intervenção do estado, é tudo igual, hahahaha” tem como principal serventia nublar a percepção da plateia da verdadeira natureza das ações esquerdistas. Sem querer, o adepto do “não sou de direita e esquerda” é também um serviçal da esquerda.



Comentário:

"Não tem mamãe, não?" Esse vídeo sempre me faz ficar emocionada!

Ana Lia


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