Secretário de Finanças e Planejamento do Partido dos Trabalhadores, Vaccari Neto, que nas últimas semanas deixou de contar com o apoio de muitos “companheiros”, é réu em ação do Ministério Público Federal (MPF) sob a acusação de arrecadar propinas de empresas por meio de contratos públicos firmados com a Petrobras, os quais foram emoldurados pelo superfaturamento.
Líder do PSDB no Senado Federal, Cássio Cunha Lima (PB) acusou o PT de transformar a Justiça Eleitoral em “lavanderia” ao tentar legalizar o dinheiro da propina por meio da prestação de contas da campanha. “O PT transformou a Justiça Eleitoral em lavanderia. É o segundo tesoureiro preso por envolvimento em corrupção”, lembrou.
Para Cássio, a prisão do tesoureiro envolve diretamente o Partido dos Trabalhadores como um todo, que ficou “refém das informações privilegiadas do Vaccari”. O senador paraibano lembrou que esse é o segundo tesoureiro do PT preso por envolvimento em desvio de recursos públicos, o que deixa o PT em uma “situação muito grave”. O primeiro foi Delúbio Soares, condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470 (Mensalão do PT).
Se um pedido de impeachment da presidente Dilma Vana Rousseff continua a depender de fato determinado, algo que por enquanto inexiste, despejar a petista do Palácio do Planalto encontrará caminho livre caso fique provado que dinheiro do Petrolão abasteceu o caixa da campanha petista em 2014. De tal modo, bastaria ingressar no Tribunal Superior Eleitoral com pedido de cassação do registro da candidatura de Dilma, operação nada simples e que encontrará resistência em um Judiciário cada vez mais aparelhado.
Em relação ao impeachment, o crime de responsabilidade começa a se desenhar, mas é preciso tempo para que isso ocorra. As “pedaladas fiscais” apontadas pelo Tribunal de Cotas da União constituem respaldo jurídico para um pedido de impedimento da presidente, mas ainda é cedo para qualquer afirmação. Mesmo assim, não custa manter a fé, a vigilância e a perseverança.
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