Epoca
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (12),
no 5º Congresso Nacional do PT, que há um "processo de criminalização"
do partido. A crítica foi feita após reportagem do jornal O Globo mostrar
que o Itamaraty tenta manobra para evitar que documentos que o liguem à
construtora Odebrecht, envolvida na Operação Lava Jato, sejam entregues
a ÉPOCA. Sobre o caso, especificamente, o ex-presidente não fez nenhum comentário.
"O partido precisa entender que criaram um processo de criminalização
contra ele. É importante que a gente saiba como funciona: é só assistir
um filme. Como surgiu o nazismo ou o fascismo? A gente sabe. Começa
exatamente tentando desacreditar pessoas, tentando levantar coisas sobre
as pessoas até que elas fiquem desacreditadas", afirmou, segundo O Globo.
No congresso petista, conforme publicou a coluna Expresso nesta sexta,
Lula também pediu aos delegados e militantes que façam doações mensais
para sustentar o partido. "Na campanha de 1982, cada comício que a gente
fazia tinha que vender camiseta, a gente vendia estrelinha... Nada era
dado de graça. Na campanha de 89, que a gente quase ganhou, a gente
vendia adesivo no segundo turno. Obviamente que os tempos mudaram, mas
acho que naquele tempo a gente fazia PT com mais intensidade do que a
gente faz PT hoje".
Petistas se posicionam
Lula não falou sobre a manobra do Itamaraty para evitar que documentos que o liguem à Odebrecht sejam divulgados, mas Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, e Rui Falcão, presidente do PT, sim.
Lula não falou sobre a manobra do Itamaraty para evitar que documentos que o liguem à Odebrecht sejam divulgados, mas Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, e Rui Falcão, presidente do PT, sim.
"Não há nenhuma razão de constrangimento em torno dos temas da política
externa. Tudo que for aberto só abonará a política externa",disse Garcia ao jornal O Globo.
A reportagem do diário carioca, de acordo com ele, é uma "armação".
"Não acredito que haja nenhum documento que precise ser reclassificado",
completou.
"São denúncias infundadas. Uma tentativa de atingir o PT e o Lula. Eles
não se cansam de denúncias como essas, sem provas. É um fato costumeiro
de setores da nossa imprensa. Amplificam isso tentando quebrar a
popularidade do presidente Lula, pensando nas eleições de 2018, que
estão muito distantes", afirmou Falcão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário