Cristiane Jungblut - O Globo
Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado conversou com o ministro interino, Sérgio Danese, nesta sexta-feira
O Itamaraty vai liberar os documentos que ligariam o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e a empreiteira Odebrecht. A informação foi
confirmada por integrante da cúpula do Itamaraty, depois de uma conversa
entre o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE),
senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), e o o secretário-geral de Relações
Exteriores e ministro interino, Sérgio Danese.
Os dois conversaram pela manhã. Segundo o tucano, Danese disse que o Itamaraty deverá anunciar agora à tarde, em nota, a liberação dos documentos. Diante da afirmação de Aloysio, uma fonte do comando do Itamaraty confirmou que sairá uma nota e que os documentos serão liberados.
Os dois conversaram pela manhã. Segundo o tucano, Danese disse que o Itamaraty deverá anunciar agora à tarde, em nota, a liberação dos documentos. Diante da afirmação de Aloysio, uma fonte do comando do Itamaraty confirmou que sairá uma nota e que os documentos serão liberados.
O GLOBO informou nesta sexta-feira que
o Ministério das Relações Exteriores deflagrou ação para evitar que
documentos que envolvam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a
Odebrecht, empreiteira investigada na Operação Lava-Jato, viessem a
público. Um funcionário da diplomacia brasileira chegou a distribuir um
memorando determinando que os papéis sobre o assunto fossem reavaliados e
pudessem ser considerados secretos, de acordo com o conteúdo de cada
documento.
— O Itamaraty fez uma reavaliação e concluiu que dá para liberar os documentos — disse um diplomata.
Na conversa, o secretário-geral explicou que é de praxe, de cinco em
cinco anos, fazer uma revisão do caráter dos documentos, se sigilosos ou
não e que foi isso que ocorrera.
— Disse ao Danese que foi um erro político e burro, porque haveria
acesso de qualquer maneira via Justiça, devido a Lei de Acesso à
Informação — disse Aloysio.
O GLOBO revelou hoje que os documentos públicos classificados como
"reservados" por lei deveriam ser divulgados após cinco anos, mas um
memorando de Corrêa Costa sugeria a reclassificação dos papéis para
"secreto", o que aumentaria para 15 anos o prazo de divulgação.
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