10/06/15 - OS NOVOS MALIGNOS
Economista Marcos Coimbra - 09/06/15 - Professor, Acadêmico Titular da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro Brasil Soberano.
Existem
pessoas que pensam vinte e quatro horas por dia em fazer o al, como
tirar dinheiro principalmente da classe média e dos menos favorecidos,
tanto na esfera pública como na área privada. São os malignos, criaturas
do mal. Nero, Calígula, Herodes. Foram sucedidos pelos novos malignos,
mais sutis.
No setor público, criam dificuldades para gerar
facilidades. Há dezenas de impostos, taxas, contribuições tarifas e
cobranças de toda ordem. Aumentam arbitrariamente as alíquotas. Inventam
justificativas pueris para extorquir o cidadão. Agora, a prefeitura do
Rio de Janeiro, ao transferir da Santa Casa para a iniciativa privada a
administração dos cemitérios, criou um verdadeiro IPTU dos mortos. Vai
começar a ser cobrada dos proprietários dos jazigos uma taxa de até R$
500,00 por ano a título de manutenção, para começar, sob pena de perda
da propriedade em três anos. Isto é para começar. Depois, o céu é o
limite.
Ao mesmo tempo, diminuíram a alíquota do IPTU de supermercados para
quase a metade e beneficiam os segmentos financeiro e bancário, que,
apesar de usufruírem o maior lucro da história, praticamente nada pagam
de imposto de renda em comparação com o assalariado. É a tática “Hood
Robin”: tirar dos pobres e remediados para dar aos ricos, ao contrário
do lendário aventureiro Robin Hood. A indústria de multas prospera
inclusive com a sociedade de empresas privadas.
A cada mudança na legislação ocorre mais um assalto ao contribuinte.
Tanto na esfera federal, como na estadual e na municipal. Os governantes
estão cada vez mais ricos. Vão ao Exterior como o cidadão comum vai à
Niterói. Gastam fortunas em festas suntuosas e segurança para si e para
seus parentes. Transmitem o mandato legislativo de pai para filho, de
marido para mulher, de avô para neto, ancorados em uma sólida base
assistencialista e clientelista, usando a corrupção.
O empreguismo é
desenfreado. E o pior. Pouco é dado em contrapartida. As estradas estão
resumidas a uma sucessão de crateras (vide BR-101), a energia vai entrar
em colapso em mais um ano caso o Brasil volte na crescer acima de 3 %
ao ano. A corrupção campeia em todos os segmentos.
As comunicações foram entregues a corsários alienígenas. A saúde
pública está abandonada. A educação pública, refém de cotas, forma
analfabetos funcionais. A segurança pública desapareceu. A previdência
pública está sendo deliberadamente quebrada, para propiciar o
crescimento da previdência privada. Os fundos de pensão estão sendo
saqueados.
O país cresce como rabo de cavalo. Para baixo. Enquanto isto,
países pertencentes aos BRICS, em especial China, e Índia crescem. São
nações soberanas e em desenvolvimento. Mas lá os corruptos são
exterminados com um tiro na nuca e a família ainda paga a bala.
Na esfera privada, progressivamente toda a atividade produtiva vai
sendo comprada pelo segmento financeiro. De fato, o segmento
especulativo no Brasil agora usa empresas comerciais e industriais para
captar clientes cativos e lucrar, de fato, no giro do dinheiro. É por
esta razão que, atualmente, é muito difícil comprar à vista em qualquer
loja.
O desconto oferecido não compensa, quando é comparado com a
possibilidade de pagamento no cartão de crédito, em várias parcelas,
“sem juros”. É óbvio que o valor dos juros já está embutido no preço
estipulado da mercadoria oferecida. Vejam as ofertas das principais
lojas de varejo no Brasil. Aceitam o pagamento em 12 vezes, com início
até dois meses depois da compra, sempre anunciando, com raras exceções,
que o valor é o mesmo tanto para o pagamento à vista como em “suaves”
prestações. Evidentemente, não pode ser.
Outro exemplo marcante é o
empréstimo com consignação em folha para aposentados e pensionistas, com
risco zero para os Bancos, que chegam a cobrar até 5% ao mês. É uma das
maiores crueldades perpetradas contra os menos favorecidos, os quais
estão se endividando brutalmente, estimulados por irresponsáveis meios
de comunicação, sem o menor controle por parte das autoridades
econômicas.
Mais um exemplo é a chamado Bolsa Família, que agrupou vários
benefícios de caráter assistencialista, com finalidade nitidamente
eleitoreira. É inclusive um obstáculo à mobilidade social, pois se o
beneficiário conseguir algum rendimento adicional legal, perde a doação,
abrindo caminho para uma grande quantidade de desvios e descaminhos,
favorecendo a economia informal. É criada a cultura do “coitadinho”,
onde não é necessário esforço para conseguir o sucesso.
Não precisa
estudar, nem trabalhar, pois o Grande Pai proverá tudo aquilo
necessário. Surgem as quotas e bolsas. Se não possui casa própria é só
invadir que lhe será dada.Só que a fonte fornecedora dos recursos está
secando, pois cada vez mais existe menos renda na população pagadora de
impostos e mais “benefícios” criados pelos malignos.
É difícil combater os malignos, pois seu poder é incomensurável.
Controlam os meios de comunicação, elegem representantes no Poder
Executivo e no Legislativo. Influenciam até o Judiciário, nomeando
“adeptos”. O povo brasileiro merece respeito e dignidade. É chegada a
hora de todas as pessoas de bem unirem-se para que, algum dia, nossa
Pátria volte a ser o que já foi em tempos passados. Um Brasil soberano,
em ritmo de desenvolvimento, funcionando quase a pleno emprego, com uma
classe média pujante e com a contrapartida de serviços coletivos dignos.
Correio eletrônico:
mcoimbra@antares.com.br
Sítio: www.brasilsoberano.com.br (Artigo de 09.06.15-MM).
sexta-feira, 12 de junho de 2015
Não precisa estudar, nem trabalhar, pois o Grande Pai proverá tudo aquilo necessário. Surgem as quotas e bolsas. Se não possui casa própria é só invadir que lhe será dada.Só que a fonte fornecedora dos recursos está secando, pois cada vez mais existe menos renda na população pagadora de impostos e mais “benefícios” criados pelos malignos.
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