O PT escondeu até o 13 da programação visual e diminuiu a estrelinha. Querem enganar o povo.
(Globo) Depois de conseguir que os dirigentes do PT amenizassem as críticas à política econômica em documento oficial da legenda,
a presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quinta-feira o ajuste fiscal
e disse que o governo não "mudou de lado". A presidente foi ovacionada
na chegada e ao final de seu longo discurso à militância. Dilma pediu
apoio ao partido e afirmou que a militância não deve se "deixar abater
por discursos e comportamentos intolerantes". Em discurso antes de
Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o PT está machucado, mas bem vivo.
- Nós somos um governo que tem coragem de realizar ajustes e faz
ajustes para dar sustentabilidade, perenidade e fazer avançar o projeto
de desenvolvimento e mudanças que adotamos desde 2003. Nós não mudamos
de lado, não alteramos os compromissos com o Brasil - disse Dilma, que
completou: - Nosso quarto mandato está apenas no seu início. Eu vim (ao
congresso) para assegurar para cada militante petista que temos uma
agenda forte e consistente de medidas que vão garantir a retomada do
crescimento e o processo de ascensão social do nosso povo. A nova etapa
da nossa caminhada está apenas começando e eu quero fazer essa caminhada
junto com o povo brasileiro, meu partido e os partidos da base aliada,
que estarão comigo nessa conjuntura.
'NÃO SE DEIXEM ABATER'
A presidente falou que os petistas seriam capazes de entender o ajuste
fiscal como um "movimento tático" diante da crise
O PT é um partido que foi forjado nas lutas de resistência dos
trabalhadores. O PT é um partido preparado para entender que muitas
vezes a circunstância impõe movimentos táticos para a obtenção dos
objetivos mais estratégicos que, no nosso caso, é o desenvolvimento.
A presidente pediu que os petistas não se deixem levar pelas críticas:-
Todos que estão aqui compartilham essa vontade de transformar o
Brasil. Para alcançar isso precisamos caminhar juntos e firmes, o
governo, o PT, os partidos aliados, os movimentos sociais. Preciso de
cada um de vocês ao meu lado.
Queridos militantes petistas, não se
deixem abater por discursos e comportamentos intolerantes porque nós
sabemos que eles são produtos da intolerância de uma minoria.
Municiem-se de informações e argumentos contra a ideia de que o Brasil
sofre paralisia. Por exemplo, falem com orgulho da Petrobras.
Dilma, que na quarta-feira à tarde admitiu que a "marolinha" da crise
econômica havia se tornado uma "onda", disse aos petistas que a
"conjuntura é difícil". Ela afirmou que, nesses momentos, é "hora de ver
quem é quem". Disse ainda que o governo não "pode prescindir do PT".
- Nos momentos de calmaria todo mundo quer ser parceiro das vitórias e
realizações, mas, nas horas difíceis, quando medidas duras precisam ser
tomadas, é que nós sabemos com quem podemos contar. Felizmente eu sei
que posso contar com o PT. Eu preciso contar com o meu partido, um
partido vivo. Que é livre pra fazer propostas, firme e construtivo nas
críticas. Não precisamos andar no mesmo ritmo e pensar do mesmo jeito.
Sei que o PT está engajado no governo que elegeu e esse governo não pode
prescindir do PT.
Dilma elencou feitos de sua gestão, principalmente na área econômica,
e afirmou que não foi o governo que causou a crise e que trabalha para
contorná-la:- Essa luta para proteger os brasileiros teve um alto custo fiscal
porque nós absorvemos, tudo foi feito com dinheiro de orçamento federal.
Tudo que assumimos foi uma decisão consciente e coerente porque temos
compromisso com quem trabalha e empreende. Outro governo sem esse
compromisso teria escolhido o caminho mais fácil: desemprega logo de uma
vez, acaba com a renda de uma vez e acaba com os programas sociais.
Sempre foi assim antes de Lula, em 2003.
A presidente disse, no entanto, que a retomada do crescimento "impõe
sacrifício a todos". Segundo Dilma, o governo vai se opor à parte do
projeto de lei sobre terceirização. - E a distribuição desses sacrifícios deve ser justa e equilibrada.
Eu asseguro ao meu partido que nós vamos preservar os direitos dos mais
pobres, daqueles que precisam mais do Estado. Quero que fique bem claro
para vocês todos os programas imprescindíveis para o nosso projeto de
desenvolvimento estão inteiramente preservados. Essa é uma das razões
pelas quais nos opomos àquela simplificação da lei da terceirização.
Reconhecer o direito dos terceirizados é necessário, mas acabar com a
diferença entre as atividades meio e fim, isso não pode ocorrer. Eu não
posso dizer que a oposição desmereça o que estamos fazendo, mas eu devo
contar com o meu partido, os partidos da base aliada.
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