O
discurso mais recorrentemente utilizado pela presidente Dilma, em suas
aparições na mídia, é o de que ela lutou contra a ditadura militar, e a
favor da democracia. Após as manifestações de março e abril deste ano,
ela insistiu em afirmar que as manifestações eram legítimas, e só eram
possíveis graças ao regime democrático do país, o qual, segundo ela, ela
própria foi uma das responsáveis por instituir.
Esse
discurso se iniciou quando surgiram na internet uma ficha criminal e
fotografias da então jovem Dilma Rousseff, enquadrada em alguma
delegacia de polícia durante a ditadura militar. A ficha e as
fotografias foram publicadas com a intenção de chocar a população,
entretanto, uma jogada de marketing brilhante fez o tiro sair pela
culatra da oposição. A equipe de marketing do PT usou o caso a seu
favor, e transformou a contraventora Dilma na Dilma “Coração Valente”,
que “bravamente lutou pela democracia, enfrentando a ditadura, e
sentindo na própria pele o horror do regime”. Dilma usou e abusou da
arte da atuação, ao descrever cenas de tortura que supostamente teria
sofrido, com performance digna do Oscar de melhor drama do ano, chegando
até a lacrimejar “crocodilianamente”, levando parte do país à comoção.
Na campanha de 2014 a fotografia foi amplamente divulgada pela
propaganda petista, na TV, em banners, camisetas, etc.
Acontece
que a campanha contou apenas uma parte do ocorrido – a que lhe
interessava –, e omitiu a mais importante – a que interessa ao povo.
Dilma realmente lutou contra a ditadura militar, e é bem possível que
tenha sido realmente torturada. Mas a campanha eleitoral não contou os
motivos reais que levaram Dilma a enfrentar os militares.
No
fim dos anos 1950, Fidel Castro assume o poder em Cuba por meio da ação
de guerrilhas armadas – o que foi chamado de “A Revolução Cubana”.
Quase imediatamente após esta tomada de poder, Cuba se alinha com o
bloco comunista, e passa a ser o trampolim que a U.R.S.S. precisava para
empreender revoluções armadas por toda a América Latina. No contexto da
guerra fria, o Brasil era um alvo do bloco comunista, e a partir de
1961 diversas ações passaram a ser executadas no Brasil, com o objetivo
de promover uma revolução aos moldes da cubana.
As ações eram
organizadas por Cuba, e financiadas pela U.R.S.S. As intenções
comunistas para com o Brasil estão amplamente documentadas em uma
infinidade de registros soviéticos, abertos ao grande público logo após a
queda da União Soviética, no início dos anos 90; registros estes que
estão à disposição de qualquer um que tenha interesse de realizar uma
breve pesquisa na internet.
A partir
de 1961 pipocam organizações marxistas-leninistas revolucionárias no
Brasil, entre as quais: ORM-POLOP (Organização Revolucionária Marxista
Política Operária), OCML-PO (Organização de Combate Marxista-Leninista
Política Operária), VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), APML (Ação
Popular Marxista Leninista), Partido Comunista do Brasil, Grupo Combate,
Fração Bolchevique, e muitas outras.
Desde 1961, Cuba passa a financiar a compra de fazendas pelas Ligas Camponesas, nos estados de Pernambuco, Bahia, Acre, Goiás, Minas Gerais, e outros, fazendas estas que passariam a servir como centros de treinamento de guerrilhas. Ainda em 1961, Francisco Julião, dirigente das Ligas Camponesas, fecha acordo para treinamento de militantes em Cuba, com o exército cubano, e na Academia Militar de Pequim – na China.
Em 1963 Leonel Brizola cria o Grupo dos Onze Companheiros (G-11), que afirmava ser a “vanguarda do movimento revolucionário, a exemplo da Guarda Vermelha da Revolução Socialista de 1917 na Rússia”. O G11 é o embrião do Exército Popular de Libertação, que agiria após 1964. Todos estes – e diversos outros – grupos tinham suas ações pautadas na organização da revolução armada.
Desde 1961, Cuba passa a financiar a compra de fazendas pelas Ligas Camponesas, nos estados de Pernambuco, Bahia, Acre, Goiás, Minas Gerais, e outros, fazendas estas que passariam a servir como centros de treinamento de guerrilhas. Ainda em 1961, Francisco Julião, dirigente das Ligas Camponesas, fecha acordo para treinamento de militantes em Cuba, com o exército cubano, e na Academia Militar de Pequim – na China.
Em 1963 Leonel Brizola cria o Grupo dos Onze Companheiros (G-11), que afirmava ser a “vanguarda do movimento revolucionário, a exemplo da Guarda Vermelha da Revolução Socialista de 1917 na Rússia”. O G11 é o embrião do Exército Popular de Libertação, que agiria após 1964. Todos estes – e diversos outros – grupos tinham suas ações pautadas na organização da revolução armada.
O
fato é que, em meio a este caos, o exército brasileiro toma o poder em
1964, por julgar que a revolução comunista é iminente. Vários jornais da
época, e vários setores da sociedade clamaram por ação dos militares,
que à época foi chamada “contra-golpe”, visto que quem planejava o golpe
propriamente dito eram os grupos guerrilheiros de esquerda.
Após
a tomada do poder pelos militares, os guerrilheiros continuaram a agir,
sem alterar sua missão de instituir a revolução armada. Dilma surge
neste cenário, tendo sido integrante dos grupos revolucionários POLOP,
COLINA e Vanguarda Armada Revolucionária Palmares. Há registros de que
Dilma organizou seqüestros, assaltos a bancos, transportou armas e
dinheiro roubados, usou nomes falsos, foi presa, processada e ficou 28
meses na cadeia. Sua ação mais notória teria sido o célebre roubo do
cofre do governador paulista Adhemar de Barros, que rendeu 2,5 milhões
de dólares para o VAR-Palmares.
Após
anos de luta armada, derrotados militarmente, os revolucionários
perceberam que não seria possível empreender uma revolução aos moldes da
cubana, e passaram a se organizar em “movimentos sociais” e partidos
políticos, com suas ações culminando na campanha das Diretas Já, e no
apelo à aprovação da Lei da Anistia.
O
fato é que os grupos de esquerda – e Dilma – lutavam pela implantação
de um regime totalitário comunista, e a história de que lutavam pela
democracia é um mito surgido durante a campanha da anistia. Foi a
justificativa que passaram a usar como forma de mascarar, e dar ares
nobres às suas ações.
A verdade é
que combatiam uma ditadura, com o projeto de outra sob o braço. Em 1964
os militares brasileiros agiram em defesa da soberania da pátria.
Nenhuma forma de cerceamento de liberdades deve ser aplaudida, isto é
fato. Entretanto, basta contar os mortos sob regimes totalitários
comunistas ao redor do globo (por volta de 150 milhões) para constatar
que o sucesso dos revolucionários guerrilheiros teria sido infinitamente
mais prejudicial ao Brasil do que foi a ditadura dos militares.
Texto de Marcos Henrique Martins Campos para Revolta Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário