Quem vai querer ter a participação de uma empresa corrupta como a
Petrobras na gestão de um negócio? Quem não lembra que houve
superfaturamento de 1.800% apenas no trecho da Bahia? E que uma empresa fantasma faturou
quase R$ 300 milhões para fazer o mesmo trabalho que a Petrobras já
fazia, segundo o TCU? Ora, quem comprar estes gasodutos vai querer a
Petrobras corrupta do PT longe do negócio. Por isso, se a venda sair,
será privatização, palavra até então proibida na esquerda podre que
estatizou tudo para poder roubar o que roubou sob o manto de proteção do
governo.
A Petrobras estuda privatizar sua subsidiária Transportadora Associada
de Gás (TAG). A estatal apresentou ao mercado três modelos para a venda
da companhia, que controla a malha brasileira de gasodutos. No mais
ousado, prevê a transferência de 80% do capital e da operação para o
novo controlador.
A venda da TAG é parte do pacote de desinvestimento anunciado pela
estatal em março, visando reduzir o seu endividamento. Também estão no
pacote a Gaspetro (que concentra participações em distribuidoras de gás
canalizado), térmicas e áreas exploratórias no pré-sal. Segundo a Folha apurou, a possíveis investidores têm sido
apresentadas três propostas: venda de 80% com transferência do controle e
venda de fatias de 49% ou 60%, com manutenção do controle estatal. Não há ainda definição sobre qual será adotada.
No primeiro caso, a Petrobras privilegiaria a arrecadação de recursos em
curto prazo. Enfrentaria, contudo, resistência de trabalhadores e
setores do governo contrários à privatização de ativos. A opção por se
desfazer de apenas 49% traria a menor receita. Procurada pela reportagem, a Petrobras não se pronunciou sobre o
assunto. Em seu balanço financeiro de 2014, informou que a TAG fechou o
ano com lucro de R$ 572 milhões e patrimônio líquido de R$ 6,6 bilhões.
Considerando as projeções de receita futura, seu valor de mercado pode
variar de US$ 3,8 bilhões a US$ 5,2 bilhões, segundo avaliação da
consultoria NatGas Economics. A empresa deverá ser fatiada em duas companhias regionais –uma com os
ativos das regiões Norte e Nordeste e outra com Sul e Sudeste–
respeitando termo de compromisso firmado em 2003 com a ANP (agência
reguladora), o que pode empurrar a venda para o ano que vem.
A Folha apurou que um plano de cisão já foi apresentado à ANP. A
divisão foi negociada para tentar minimizar os efeitos do monopólio na
cadeia do gás natural. A TAG é responsável por levar o gás natural a pontos de entrega das
distribuidoras estaduais de gás canalizado. Teve grande crescimento na
última década com a construção do Gasoduto Sudeste-Nordeste, que
integrou a malha de transporte brasileira.
Para a indústria, o controle da Petrobras prejudica a concorrência. O
governo deveria aproveitar o momento para facilitar o aparecimento de
novos fornecedores, diz o consultor Marco Antônio Tavares, da Gas
Energy. Com mais competidores, a tendência é que os preços do gás caiam para indústria e residências.
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