Descoberto
o maior esquema de corrupção da história do Brasil – o Petrolão – a
cada novo discurso a presidente Dilma, ou de um dos seus ministros,
reforça a tese de que a corrupção não foi inventada durante os governos
do PT. Dilma tenta, desta maneira, minimizar a importância dos casos de
corrupção ocorridos sob sua administração, e ainda minimizar as
responsabilidades dos envolvidos – e o mais importante: a sua própria.
É
óbvio que Lula, Dilma, ou qualquer um de seus “companheiros” não são os
idealizadores originais da corrupção, mas, isto torna o ocorrido na
Petrobrás menos grave? Menos vergonhoso? Menos ultrajante? Ao utilizar
como defesa dos seus companheiros de partido o argumento de que a
corrupção não foi inventada pelo PT, Dilma cria precedente para que se
defenda um ladrão alegando que este não inventou o roubo, um assassino
alegando que este não inventou o assassinato, ou ainda um estuprador
alegando que este não inventou o estupro.
Dilma
insiste ainda na tentativa de transferir a responsabilidade do
escândalo da Petrobras para o antecessor imediato do presidente Lula, no
caso, Fernando Henrique Cardoso. Todos nós pudemos testemunhar seu
cinismo quando, sem se ruborizar, afirmou diante das câmeras que “se em
96, 97 tivessem investigado e punido”, atos de corrupção não estariam
sendo praticados hoje. Pois bem, será que ela se esquece que o partido
do qual ela faz parte está no poder há 12 anos? Ela deveria incluir
neste discurso todos os anos desde 1996 até 2015! O que Lula e ela
fizeram este tempo todo? Foram coniventes? Ou prevaricaram? Qualquer das
hipóteses é absurda e inaceitável!
Diante
dos problemas que assolam sua administração, Dilma apresenta grande
dificuldade em tomar atitudes por conta própria, e assim como em 2013,
precisou de uma manifestação gigantesca do povo para tomar uma – naquele
caso apresentou um “pacto” com o povo, que por sinal não resultou em
nenhuma ação prática; e após as manifestações do dia 15/03/2015,
apresentou um “pacote” contra a corrupção.
Este
“pacote de combate à corrupção” apresentado por Dilma, na verdade não
passa de uma descarada apropriação indevida (vulgo roubo) de projetos
alheios, seguido de negação de crédito aos seus verdadeiros
idealizadores, já que todas as propostas por ela apresentadas já constam
em projetos de lei em tramitação no congresso; projetos estes, aliás,
que a presidente jamais fez questão de usar sua maioria – e sua
influência – na câmara para aprovar.
Nos
dias que se seguiram às manifestações do dia 15 de março, alguns
parlamentares apresentaram, no púlpito da câmara, duas propostas que
seriam extremamente eficazes no combate à corrupção, e foram
completamente ignorados pela base governista. São estas: Lei que
determina a extinção de partidos que comprovadamente recebam dinheiro
proveniente de corrupção; e a imediata inelegibilidade e exclusão da
vida pública de pessoas que comprovadamente recebam dinheiro de
corrupção. Será que Dilma e o PT aceitariam leis neste sentido? É claro
que não, pois eles têm a consciência de que seriam os maiores
prejudicados!
O papel de um
presidente – mais alto cargo da república – deveria ser o de apoiar
incondicionalmente a condenação de envolvidos em atos ilícitos, e não o
combate a um termo de dicionário – “corrupção” – como se esta se fizesse
sozinha. Entretanto, Dilma tem dificuldade em dar o exemplo, agindo na
prática contra a corrupção, e suas ações ficam sempre limitadas ao
discurso. E ao discurso que não passa de tentativa de manipulação da
opinião pública, diga-se de passagem.
Por
exemplo, o governo defende o acordo de leniência para com as empresas
corruptoras envolvidas no esquema descoberto pela Lava Jato, com a
desculpa de que a punição das empresas prejudica a economia, ao levar ao
cancelamento da execução de novos projetos, e afetar a oferta de
empregos, mas na verdade está preocupado apenas com o rombo que se
abrirá nos caixas de campanha do PT, sem as generosas doações destas
empresas. Além disso, temem que mais executivos destas companhias
assinem acordos de delação premiada, e joguem mais lama na já imunda
reputação do governo.
Não nos
esqueçamos ainda do ato em “defesa da Petrobras”, organizado pelo
ex-presidente Lula em frente à sede nacional da companhia. Em resumo,
Lula organizou um “circo de horrores” no qual ele alegava defender a
empresa, mas em nenhum momento disse de quem ela precisava ser
defendida. Seria da polícia federal, que a salvou dos abutres petistas?
Do juiz Sérgio Moro, que com excepcional coragem e maestria leva o caso
às últimas conseqüências para desmantelar a quadrilha lá instalada? Bem,
se ele disser de quem a Petrobras precisa realmente ser defendida, ele
terá de acusar a seus próprios companheiros (senão a si próprio), e aí o
circo pega fogo e o palhaço perde seu picadeiro.
O
desfecho do caso do Petrolão pode ser previsto facilmente. Basta
lembrarmos o ocorrido no caso do Mensalão.
Naquele caso, enquanto os
malfeitos eram trazidos à luz, o então presidente Lula jamais se
pronunciou à favor da punição dos envolvidos, caso fossem comprovadas as
denúncias contra eles, e com alguns dos principais nomes da elite
petista (José Dirceu e José Genuíno) condenados e presos pelo STF, a
ação do PT foi a de lançar discurso afirmando que o julgamento havia
sido político, e que portanto os criminosos eram, na verdade, “presos
políticos” – transformando o Brasil no único caso conhecido na história
mundial em que um governo prende seus próprios integrantes por motivos
políticos, contra sua própria vontade.
Demonstrou-se com isso, no mínimo, incoerência lógica de discurso. Alguém um pouco mais atento à realidade chega à conclusão de que se trata apenas de um caso clássico de falta de caráter crônica, além de completa falta de respeito para com o Poder Judiciário brasileiro.
Demonstrou-se com isso, no mínimo, incoerência lógica de discurso. Alguém um pouco mais atento à realidade chega à conclusão de que se trata apenas de um caso clássico de falta de caráter crônica, além de completa falta de respeito para com o Poder Judiciário brasileiro.
Por
fim, após anos, e após o caso cair no ostracismo, Lula teve a cara de
pau de afirmar em entrevista à uma rede de TV portuguesa que ele
acreditava que não havia existido o Mensalão, que tudo não passara de
“manobra política” para enfraquecer o PT
.
Esta
é a forma de ação do governo petista: silêncio absoluto em relação aos
integrantes do partido e do governo envolvidos nos escândalos,
acompanhado de discurso demagógico de combate a um termo universal
abstrato (neste caso a corrupção), ao mesmo tempo em que, nos
bastidores, defendem com unhas e dentes os agentes que tornaram a
corrupção real (corrompidos e corruptores, não sendo bem claro quem é
quem nessa história). É certeza que em alguns anos veremos a Sra.
Rousseff e o Sr. Lula afirmarem que o Petrolão não passou de “manobra
política da oposição e da mídia golpistas para desestabilizar o governo e
destruir o PT”.
Resta a questão: Quantas vezes mais o povo brasileiro permitirá que esta novela se repita? Será que o povo será suficientemente ingênuo para mais uma vez se deixar enganar?
Resta a questão: Quantas vezes mais o povo brasileiro permitirá que esta novela se repita? Será que o povo será suficientemente ingênuo para mais uma vez se deixar enganar?
O
PT é corrupto, e não é de hoje. A corrupção está enraizada nas origens
do partido. O PT é um gigantesco receptáculo de recursos criminosos e
não poderia ser diferente, já que a ideologia na qual se sustentam as
ações e os programas de governo petistas tem a corrupção como uma de
suas ferramentas mais básicas.
Uma breve e superficial pesquisa
histórica é suficiente para se constatar que o socialismo, comunismo,
populismo, bolivarianismo, ou qualquer outro nome pelo qual se deseje
chamar a ideologia que norteia o PT, são ideologias corruptas por
natureza. A linha de ação natural de qualquer partido político que se
baseie nestas ideologias é só uma: enganar o povo para chegar ao poder, e
uma vez lá, usar de quaisquer meios necessários para manter este em
suas mãos.
Mesmo que todo o povo sofra as mais terríveis conseqüências, o
projeto de poder do partido jamais é alterado. O lema é: Todo o poder
ao partido, custe o que custar. Ao partido tudo; ao povo, as migalhas.
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