A sombra do desemprego assentou-se sobre o país de forma
definitiva. Na construção civil, na indústria automobilística, nos
estaleiros, nas hidrelétricas em construção, apenas? Não. Nos serviços,
nos transportes, no comércio, nas pequenas empresas, até no trabalho
doméstico vem se registrando dispensas em massa. O aumento da violência
constitui apenas um dos sintomas da falta de trabalho para contingentes
sociais cada vez maiores. O Brasil não saiu de uma guerra, tendo vencido
ou perdido, como costuma acontecer em outras nações, de tempos em
tempos. Aliás, antes das guerras é que o desemprego diminui, com o
incentivo à indústria bélica.
Historicamente, para criar postos de trabalho, só existe uma solução: o Estado assumir a tarefa, diretamente ou financiando empresas privadas. Foi assim nos Estados Unidos quando Franklin Roosevelt adotou o New Deal e partiu para a realização de obras públicas de toda espécie, de hidrelétricas a imensas rodovias. No outro lado do mundo, Joseph Stalin adotou a mesma solução, da indústria pesada ao metrô de Moscou. Logo os dois também mergulharam de cabeça na produção de armamentos e o desemprego despencou.
Entre nós, até agora, não se tem notícia de iniciativas do Estado através do governo Dilma. Pelo contrário, a política em curso impulsiona o desemprego, em nome do ajuste fiscal. Sequer é estimulado o setor do agronegócio, dos poucos que ainda se mantém funcionando a contento, mas utilizando cada vez menos a mão de obra humana.
Continuando as coisas como vão, breve a legião de desempregados suplantará a força de trabalho ativa.
Fazer o quê? Um programa de obras públicas para valer exigiria a premissa imperativa de se extinguir a corrupção, hoje a praga que nos assola. Apesar de bem sucedidos esforços do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal, parece difícil que consigam, a curto prazo, resultados capazes de aparelhar o Estado para o cumprimento de sua obrigação fundamental de combater o desemprego. A ironia está em que a corrupção apoderou-se do Estado – ou da maior parte dele.
Eis um mistério dentro de um enigma, envolto por uma charada: o Estado acabará com o desemprego, mas só depois de extirpar a própria corrupção.
DEVOLVER A VITÓRIA?
Outra do general George Patton, aqui citado ontem como general brilhante. Comandando o III Exército dos Estados na conquista da Sicília e diante do impasse que imobilizava as tropas do general inglês Bernard Montgomery, Patton descumpriu ordens e lançou-se para o outro lado da ilha, entrando em Palermo e depois em Messina, alvo destinado aos ingleses. Ao receber ordens para não tomar essas duas cidades, já tomadas, passou um telegrama ao general Alexander, comandante em chefe: “informe por escrito se quer que eu devolva Palermo e Messina aos alemães...”
Quer o governo Dilma que Eduardo Cunha devolva a Câmara ao PT?...
Historicamente, para criar postos de trabalho, só existe uma solução: o Estado assumir a tarefa, diretamente ou financiando empresas privadas. Foi assim nos Estados Unidos quando Franklin Roosevelt adotou o New Deal e partiu para a realização de obras públicas de toda espécie, de hidrelétricas a imensas rodovias. No outro lado do mundo, Joseph Stalin adotou a mesma solução, da indústria pesada ao metrô de Moscou. Logo os dois também mergulharam de cabeça na produção de armamentos e o desemprego despencou.
Entre nós, até agora, não se tem notícia de iniciativas do Estado através do governo Dilma. Pelo contrário, a política em curso impulsiona o desemprego, em nome do ajuste fiscal. Sequer é estimulado o setor do agronegócio, dos poucos que ainda se mantém funcionando a contento, mas utilizando cada vez menos a mão de obra humana.
Continuando as coisas como vão, breve a legião de desempregados suplantará a força de trabalho ativa.
Fazer o quê? Um programa de obras públicas para valer exigiria a premissa imperativa de se extinguir a corrupção, hoje a praga que nos assola. Apesar de bem sucedidos esforços do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal, parece difícil que consigam, a curto prazo, resultados capazes de aparelhar o Estado para o cumprimento de sua obrigação fundamental de combater o desemprego. A ironia está em que a corrupção apoderou-se do Estado – ou da maior parte dele.
Eis um mistério dentro de um enigma, envolto por uma charada: o Estado acabará com o desemprego, mas só depois de extirpar a própria corrupção.
DEVOLVER A VITÓRIA?
Outra do general George Patton, aqui citado ontem como general brilhante. Comandando o III Exército dos Estados na conquista da Sicília e diante do impasse que imobilizava as tropas do general inglês Bernard Montgomery, Patton descumpriu ordens e lançou-se para o outro lado da ilha, entrando em Palermo e depois em Messina, alvo destinado aos ingleses. Ao receber ordens para não tomar essas duas cidades, já tomadas, passou um telegrama ao general Alexander, comandante em chefe: “informe por escrito se quer que eu devolva Palermo e Messina aos alemães...”
Quer o governo Dilma que Eduardo Cunha devolva a Câmara ao PT?...
Nenhum comentário:
Postar um comentário