quinta-feira, 2 de julho de 2015

Rejeição a Dilma bate recorde: quase 70%. Renuncie, presidente.


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Apenas 9 por cento avaliam o governo Dilma como bom ou ótimo. A rejeição subiu de 64 por cento para 68 por cento. Trata-se de um recorde nos 29 anos dos dados compilados pela pesquisa. Dilma perde até para Sarney. Quanto à maneira de governar da presidente, a desaprovação subiu de 78% para 83%. Já não é caso de impeachment, mas de renúncia. Faça pelo menos um benefício ao país, Dilma: renuncie!


Pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira, 1, em Brasília mostrou mais uma vez queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff e seu governo. O porcentual de pessoas que avaliam o governo como ruim ou péssimo subiu de 64% para 68% em relação a última pesquisa, realizada em março. 

A avaliação negativa do governo é a pior da série histórica do levantamento feito pelo Ibope e divulgado pela CNI. O porcentual daqueles que avaliam como ruim ou péssimo o governo bateu o recorde nos 29 anos dos dados compilados pela pesquisa e ultrapassou a marca negativa do então presidente José Sarney em julho de 1989.


De acordo com o levantamento, caiu de 12% para 9% os que avaliam o governo petista como ótimo ou bom. Também caiu de 23% para 21% os que consideram o governo regular. A avaliação positiva do governo de Dilma só não foi pior à registrada por Sarney em sondagens realizadas em junho e em julho de 1989. Na ocasião, Sarney tinha 7% de avaliação ótima ou boa dos entrevistados.


A desaprovação da maneira de governar da presidente Dilma subiu de 78% para 83%. E a aprovação da maneira de governar caiu de 19% para 15%. 


Já a confiança na presidente Dilma mostra trajetória de queda: 20% dos entrevistados disseram confiar na presidente, ante 24% no levantamento anterior. Esse é o pior índice desde o início do governo, em 2011. Subiu de 74% para 78% os que disseram não confiar na petista. 


O levantamento foi realizado entre 18 e 21 de junho, antes da divulgação do conteúdo da delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 141 municípios. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais e o grau de confiança do levantamento é de 95%.


Segundo mandato. Subiu de 76% para 82% o total de entrevistados que consideram o segundo mandato da presidente pior do que o primeiro. Por outro lado, aqueles que avaliam como melhor oscilaram de 4% para 3%, portanto, dentro da margem de erro entre o levantamento de março e o realizado em junho.


O porcentual daqueles que consideram igual os dois mandatos de Dilma caiu de 18% para 14% no período. 


Tendo completado apenas seis meses de segundo mandato, a perspectiva negativa da população para o restante do governo Dilma subiu de 55% em março para 61% em junho, segundo o Ibope. 


Por outro lado, a perspectiva positiva para o restante do mandato da petista oscilou no período de 14% para 11%. Aqueles que consideram regular a perspectiva do governo até o final de 2018 oscilou em três meses de 25% para 23%.


Juros. De acordo com a pesquisa, a desaprovação ao governo Dilma Rousseff prevalece em todas as áreas analisadas. A avaliação da política de taxa de juros do governo é desaprovada por 90% dos entrevistados, sendo que só 6% aprovam. 


No momento em que a taxa básica de juros está em 13,75%, o índice demonstrado na pesquisa revela que a avaliação é a pior desde o primeiro governo de Dilma. O porcentual é o mesmo quando o assunto é impostos (90% desaprovam e 7% aprovam). 


Na área econômica, a percepção ruim da população aumentou em praticamente todos os setores. A reprovação ao combate a inflação subiu para 86% ante 84% da pesquisa anterior. Já o combate ao desemprego foi desaprovado por 83% dos entrevistados ante 79%.


Na área social, a política do governo para Saúde foi reprovada por 86% das pessoas ouvidas ante 85% do levantamento de março. O combate à pobreza foi desaprovado por 68% (ante 64% da pesquisa anterior) e aprovado por 29% (ante 33% anterior). (Estadão).

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