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O somali Osman Mohamud Muhumed, 52, ficou seis meses de cama após tomar
um remédio falsificado para malária. Ele percebia que o remédio não
fazia efeito, voltava ao hospital em Mogadício, capital da Somália, e
continuava recebendo o mesmo medicamento deficiente. Isso levou Muhumed a
desenvolver dificuldade para andar, segundo relato recente à TV árabe
Al Jazeera.
Muhamed foi uma das vítimas da falsificação dos medicamentos. Mas não
pense que isso só acontece na África. Enquanto a média mundial de
remédios falsificados é de 10%, no Brasil esse número chega a 19%. Em
alguns lugares da América do Sul a média pode chegar a 30%, segundo a
OMS (Organização Mundial de Saúde).
Entre os produtos mais falsificados estão os remédios contra a impotência, medicamentos oncológicos e hormônios de crescimento.
Tomar um medicamento falsificado pode ter diversos efeitos: desde não
tratar a doença que se pretende, passando pelo surgimento de efeitos
colaterais danosos chegando até a morte. Por estar longe da
fiscalização, os remédios irregulares podem ter o princípio ativo
alterado ou comprometido e podem não fazer o efeito desejado.
Com a internet, a compra de medicamentos ficou acessível a qualquer um e
permitiu a redução do preço dos medicamentos, mas a OMS estima que
quase a metade dos medicamentos vendidos online são irregulares ou
falsificados. O meio dificulta a fiscalização e pode perpetuar a venda
de medicamentos sem controle. Atualmente, os medicamentos estão entre as
cargas mais roubadas do país.
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