Os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade
Gutierrez, Otávio Azevedo, aguardavam um habeas corpus. Deu tudo errado!
O juiz Sérgio Moro, com novas provas documentais chegadas da Suiça,
decretou um novo pedido de prisão, anulando o primeiro. Com isso, os
dois chefões e outros seis executivos dessas empreiteiras
foram transferidos da carceragem da Polícia Federal para o Complexo
Médico Penal do Paraná, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba
na manhã deste sábado.
Odebrecht e Azevedo, presos na carceragem desde o dia 19 de junho,
carregaram as próprias malas. O presidente da Andrade Gutierrez chegou a
tropeçar no caminho até a van que transportou os presos para o
presídio. Dois
curiosos acompanharam o momento da transferência e provocaram os
executivos. Nenhum esboçou reação.
A transferência foi pedida pelo
delegado da PF Igor Romário de Paula e autorizada pelo juiz Sergio Moro
na sexta-feira.
Os presos da Lava-Jato deverão ficar separados dos presos comuns que
cumprem pena no Complexo Médico Penal, administrado pela Segurança
Pública do Paraná, por “motivos de segurança”, de acordo com o juiz
Moro. No despacho, o juiz escreveu que, apesar das “relativas boas
condições” da carceragem da PF, a unidade “não comporta, por seu espaço
reduzido, a manutenção de número significativo de presos.”
Além
de Marcelo e Otávio, deixaram a carceragem da PF: Elton Negrão,
Alexandrino Alencar, César Ramos, João Antônio Bernardi Filho Filho,
Márcio Faria e Rogério Araújo. Eles foram indiciados pela PF pelos
crimes de fraude em licitação, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e
passiva, crime contra a ordem econômica e organização criminosa.
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