Por Chico Sant’Anna
Urgente!
Na verdade, a área vem sendo ilegalmente ocupada há muito tempo e os invasores aproveitam feriados e fins-de-semana para edificar no local, evitando a fiscalização do Poder Público.
O mais recente avanço dessa invasão teve início na sexta-feira, 24/7. Máquinas e operários trabalham intensamente no local, derrubando vegetação nativa, árvores do cerrado, tudo para abrir uma via de acesso.
Na manhã nesse desse sábado, 25/7, tratores concluíram a abertura de uma rua de acesso que foi encascalhada com pedra brita, muito usada em pavimentação de vias.
A eficiência dos invasores dá gosto. Em menos de 24 horas, abriram a via, cobriram-na de brita e jogaram água com caminhões pipa sobre ela. Será que vão asfaltar? Tudo indica que sim, no mínimo irão jogar piche.
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A invasão fica na quadra 28 conjunto 3, nos fundos do lote 1.
Trata-se de uma área verde, pública inserida na APA do Gama. O local é considerado Zona de Transição Silvestre. Nas proximidades passa um córrego e por lá habitam animais silvestres, como capivaras.
Há menos de um quilômetro da invasão, foi criada a mais recente área de soltura de animais silvestres, apreendidos pelo Ibama. O local havia sido escolhido pelo nível de preservação ambiental.
O invasor seria um empresário do ramo hoteleiro em Taguatinga e teria “comprado” a área com intuito de fazer um condomínio no local.
A grilagem já foi denunciada ao Ibram (protocolo número 311.403) à Policia Ambiental e à administração regional.
Segundo o chefe de gabinete da Administração Regional, José Joffre Nascimento, na sexta-feira à tarde “uma equipe da administração foi até o local e orientou o operador da máquina a pararem o serviço e que o responsável se dirigisse à administração para informar quanto ao serviço realizado”, mas a medida não surtiu efeito e os serviços continuaram.
A imprensa também foi notificada, mas até o início da tarde de sábado não havia se interessado pelo assunto.
No início da tarde de sábado, esse blog voltou a se comunicar com o administrador regional, Roosevelt Vilela, informando que a via estava quase pronta para receber piche ou até ser asfaltada. Ele então acionou a Polícia Ambiental que se fez presente com cinco viaturas no local.
Segundo informes, os policias se limitaram a fotografar o local, que já não mais contava com operários trabalhando e afirmaram que já há um outro processo na Delegacia de Meio-ambiente-Dema, mas que seria importante os moradores pressionarem para agilizar sua tramitação.
O desfecho não difere muito de outras ocorrências em que quando a fiscalização chega ao local, já não há mais flagrante a registrar e não se encontram responsáveis. A inoperância do Poder Publico sobre grilagem, e em especial nesse caso tem sido gritante.
As iniciativas de grilagem nos fundos do conjunto 1 da SMPW quadra 28 vem sendo denunciada há anos às autoridades, sendo que há poucos meses a Agefis, administração regional e Polícia Militar estiveram no mesmo local que à época já estava sendo roçado para receber edificações. Mesmo assim, não foram retirados os invasores que se diz dono da área que é pública.
Por isso, as redes sociais têm sido a opção de denúncia dos moradores do Park Way, que neste caso pediram a quem pudesse ajudar na tarefa de evitar a grilagem que contatassem quem tivesse poderes de impedir mais este crime ambiental no DF.
A idéia de compartilhar-se ao máximo a denúncia é uma tentativa de o GDF, sentindo compelido pela opinião pública, agir.
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