Está sendo
providencialmente censurado (não se sabe até quando e a que preço) mais um fato
gravíssimo no chamada "guerra do fim dos imundos", como vem sendo
apelidada, nos bastidores dos poderes, a batalha de todos contra todos em
Brasília. Mas ontem à noite vazou que Renan Calheiros, poderoso presidente do
Senado, será investigado por ter sido beneficiado em negócios com fundos de
pensão.
Como Renan é o "sustentáculo" político do Palácio do
Planalto, a casa desaba para todos...
[até mesmo para a desejada recondução de Rodrigo Janot - além da
influencia que Renan possui sobre muitos senadores, ele tem o poder de
determinar o dia da sabatina e votação do nome do Janot.
Não
ocorendo a sabatina não ocorre a votação e com isso Janot fica
indefinida - indicado por Dilma mas não aprovado pelo Senado e nem
rejeitado;
essa condição fará com que no dia do término do mandato de Janot, um procurador interino assuma a procuradoria-geral.]
O aliado-inimigo número 1 do desgoverno Dilma voltou a avisar ontem que vai resistir aos ataques do PT e às investigações abertas contra ele por Rodrigo Janot - Procurador Geral da República. O deputado federal Eduardo Cunha, peemedebista que preside a Câmara Federal, até conseguiu ontem uma façanha que deve ter deixado a petelândia mais pt da vida ainda. Em um encontro com sindicalistas da Força Sindical, em São Paulo, Cunha foi celebrado pela plateia como "Cunha, Guerreiro do Povo Brasileiro". Até tempos passados, tal designação pertencia a José Dirceu - condenado no Mensalão e agora preso no Petrolão... [com todo respeito, sugerimos que 'celebrado' seja substituído por ofendido.
Ser
chamado de 'guerreiro do povo brasileiro' é um termo tão ofensivo, tão
nojento, tão repugnante que conspurca até a 'medalha do pacificador',
comenda recebida por bandidos como Zé Dirceu e Genoíno e que ainda não
foi cassada pelo Comando do Exército que insiste em descumprir a Lei que
normatiza a concessão de medalhas. ]
Animado com o
título distintivo de "Guerreiro", Eduardo Cunha partiu para o ataque
aos inimigos, avisando: "Renúncia não faz parte do meu vocabulário e nunca
fará. Assim como a covardia. Não há a menor possibilidade de eu não continuar à
frente da Câmara dos Deputados. Não há uma única prova contra mim em todas as páginas da denúncia. Sem
fazer qualquer juízo de valor, o presidente do Senado também sofreu uma
denúncia. Ela (a admissibilidade pelo Supremo Tribunal Federal) nem foi julgada
ainda. Isso tem dois anos e ninguém diz que ele não tem condição de comandar a
Casa. Claro que ele tem condição. Graças a Deus a gente não tem pena de morte neste país porque senão
tinham proposto a minha pena de morte".
O tempo fecha... O relator dos inquéritos da Lava-Jato no Supremo
Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki, determinou ontem que o
presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha e o senador Fernando Collor
(PTB-AL), sejam notificados para apresentar, em 15 dias, a defesa às denúncias
por corrupção e lavagem de dinheiro. Teori Zavascki prometeu "ser rápido" para elaborar seu voto e
submeter o caso aos demais colegas do STF, para votação. Se a denúncia for
aceita pelo STF, serão abertas ações penais e os investigados passarão à
condição de réus. A votação da denúncia de Cunha será no plenário do tribunal,
por ele ser presidente da Câmara. Collor terá suas acusações analisadas pela
Segunda Turma, formada por apenas cinco dos onze integrantes do tribunal.
Enquanto a
guerra do fim dos imundos se aprofunda, o Brasil afunda na mais grave crise
econômica de todos os tempos. Nem que a vaca tussa novamente, como último
suspiro antes da morte por insuficiência total de credibilidade e
governabilidade, Dilma conseguirá sobreviver no trono do Palácio do Planalto. O
mais grave é que ela não deseja renunciar. Mas sabe que pode ser vitimada por
impeachment em função das pedaladas fiscais fora da lei. Também corre risco de
se ferrar no Tribunal Superior Eleitoral. Sua reeleição pode ser impugnada, por
evidências de que a campanha foi financiada pelo ouro sujo do Petrolão.
Na briga de
todos contra todos, a trairagem é a regra do jogo. Depois de uma séria
discussão esta semana entre ambos, Michel Temer resolveu que vai abandonar a
tal "coordenação política do governo" que Dilma lhe terceirizou.
Temer, que já abandonou a Maçonaria recentemente, fará o mesmo com Dilma,
sonhando em tomar o lugar dela. O problema é que a petelândia já avisou que vai
retaliá-lo (ou retalhá-lo, na linguagem deles). Ontem, Temer conversou com
Eduardo Cunha, em São Paulo. Alguns tucanos, sobretudo José Serra, estariam com
Temer. Mas já temem a maldição do provérbio reescrito: "Tucano que dorme
com morcego acaba também acordando de cabeça para baixo".
A guerra do
fim dos imundos ainda vai jogar muita sujeira para dentro ou para fora do
poluído ambiente da politicagem brasileira. Tudo se encaminha para um
agravamento do impasse institucional que tem tudo para redundar em ruptura.
Neste instante, a única salvação possível será uma Intervenção [Militar] Constitucional.
Só o poder instituinte da sociedade brasileira tem condições de consertar tanta
coisa errada que a falida estrutura capimunista brasileira ajudou a produzir ao
longo da História. As Forças Patrióticas vão agir na hora certa.
Transcrito do Blog Alerta Total - Jorge Serrão
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