A crise política se agrava a cada dia para a presidente Dilma Rousseff do PT. A oposição está preparando o lançamento de uma frente suprapartidária para conseguir uma saída institucional para a crise. Na quarta-feira, 19 de agosto, aconteceu uma reunião entre representantes do PSDB, DEM, PPS, Solidariedade, PSC e PSB para os últimos detalhes da formalização do grupo. Nessa quinta-feira, 20 de agosto, uma nova reunião deve ser realizada, desta vez com a presença do Senador Aécio Neves do PSDB de Minas Gerais.


Os opositores do governo do PT e de Dilma já contam com 170 deputados em potencial. Eles estariam dispostos a enfrentar um processo de impeachment contra Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Com esse número, a oposição precisaria agora de 172 votos para chegar aos 342 votos necessários para tirar Dilma do poder.



A Constituição brasileira diz que somente a Câmara dos Deputados é que pode abrir o processo. Quem deverá julgar se Dilma deverá ser cassada é o Senado Federal. Mas no Senado, Dilma está “tranquila”, ela tem como aliado político do Presidente do Senado, Renan Calheiros.

Pedaladas fiscais

Dilma e o governo petista articulam para que as “pedaladas fiscais” que fizeram sejam esquecidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A cada data que vence, ela consegue mais prazo para enrolar o órgão, e ganhar mais tempo. A crise política está a ponto de explodir a cada momento. Se as irregularidades das contas do governo forem provadas, o processo de impeachment estará cada vez mais perto.


Em junho, o Tribunal de Contas da União, órgão que deve ser isento, deu 30 dias para Dilma esclarecer as irregularidades nas contas de 2014. Porém o prazo foi estendido em 15 dias. Dilma adia de todos os jeitos. Seria um péssimo negócio se a votação das contas fosse à plenário justamente agora. Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, está ressentido pelo estranho pacto firmado entre Dilma e Renan Calheiros.


O adiamento das respostas de irregularidades das contas do governo, dá tempo para Dilma articular, e se blindar do processo de impeachment.
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