“Recebemos em nosso gabinete um dossiê que mostra que está havendo violação dos direitos humanos. Esse documento foi encaminhado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República”, enfatizou.
No Plenário da Câmara dos Deputados, Eliziane Gama também enumerou os vários problemas que comprometem o trabalho na instituição, entre eles o corte no orçamento para pesquisa, reduzido em um terço, passando de R$ 766 milhões para R$ 204 milhões.
“Essa redução no orçamento atinge os Municípios que dependem do Fundo de Participação dos Municípios — FPM, que é calculado a partir de dados estatísticos desse órgão. Porém, a informação mais grave diz respeito à perseguição sofrida por servidores. Além do corte no orçamento, da precariedade, infelizmente, temos este problema sério no IBGE que é a perseguição dos servidores”, denunciou.
De acordo com os servidores, a direção do órgão faz bloqueio de emails e põe impedimentos na realização de encontros de mobilizações internas dos servidores. Outra informação é que centenas de servidores do IBGE que participaram da última greve foram desligados da instituição como forma de represália.
“É muito natural que em ambiente de trabalho se discutam direitos trabalhistas, mas no IBGE isso não pode acontecer. Segundo as informações que chegaram até nós, assembleias coletivas hoje são proibidas dentro do IBGE. Há um descumprimento claro de acordos pactuados junto àqueles servidores. E-mails destinados a servidores que contenham palavras como sindicato, greve ou associação são automaticamente bloqueados”, comentou.
A deputada maranhense finalizou o discurso defendendo o direito dos trabalhadores. Ela informou que pedirá ao Ministério do Planejamento que verifique as denúncias e também encaminhará ao Ministério Público Federal pedido de investigação e acompanhamento do caso
“Não podemos admitir que as lutas trabalhistas do povo brasileiro sejam violadas. O que conseguimos a duras penas nas lutas, não pode ser suplantado por uma decisão unilateral ou por uma decisão que, no nosso entendimento, é simplesmente de autoritarismo por parte da direção do IBGE. É esse o nosso protesto!”, concluiu.
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