Várias instituições públicas no Brasil estão parando suas atividades de forma gradativa em protesto contra a política econômica da presidente Dilma Rousseff e devido aos efeitos da crise econômica sobre o funcionalismo público.


O sentimento é unânime entre todos. Insatisfação de funcionários públicos com as condições de trabalho, salários e corte no orçamento da União estão levando aos servidores de várias instituições federais a pararem suas atividades normais de trabalho em protesto ao arrocho promovido pelo governo.


Atualmente, em todo o país, estão em greve setores da Educação, Saúde, Seguridade Social, Administração de Tributos e Justiça. Outras categorias estão se articulando para a realização de greves em seus setores como forma de pressionar as autoridades para conscientizá-las da necessidade de que suas reivindicações sejam aceitas. Muitos órgãos estão fazendo paralisações pontuais e mantendo apenas serviços essenciais e de emergência junto à população.


No setor educacional, deflagrou-se a greve dos professores das universidades federais que se iniciou no dia 18 de agosto. Esta greve se junta também a greve dos servidores das instituições de ensino federal espalhadas pelo país.


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Estão paralisados as atividades do Ministério da Fazenda e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI). Esta paralisação de cunho pontual, pelo menos inicialmente, irá durar 48 horas. Ainda no Instituto Nacional de Colonização e  Reforma Agrária (INCRA), as atividades de rotina estão paralisadas segundas e nas quartas-feira.


No INSS (Instituto de Seguridade Social), as atividades estão paralisadas há quase 60 dias. O atendimento está sedo feito de maneira parcial. Os serviços de pedidos de aposentadoria, licença-maternidade, auxílio-doença e contagem de tempo de serviço estão suspensos. Só funcionam os atendimentos da perícia médica e que estejam previamente agendados.


Na Receita Federal, estão paralisados os serviços de tributos internos e os procedimentos aduaneiros de cargas nos portos. Apenas os desembaraços de cargas perigosas ou perecíveis, medicamentos, animais vivos e urnas funerárias estão sendo executados.


As entidades sindicais, em um número de 30 aproximadamente, estão em apoio aos órgãos em greve e estão também trabalhando na defesa dos interesses e das reivindicações dos funcionários ligados a estes órgãos.


A pauta de reivindicações  defendem uma política permanente de correção salarial, pedem um reajuste de 27,3% baseado nas perdas salariais pela inflação desde o ano de 2010 e uma igual equiparação entre ativos, aposentados e pensionistas.



Os representantes sindicais estão aguardando  até o dia 31 para que o Congresso Nacional receba o projeto da Lei do Orçamento Anual (PLOA), data limite também para que sejam encerradas as tentativas de negociação. Depois disto, caberá a cada entidade representativa de cada setor como agir.


Até o presente momento, o Ministério do Planejamento sinalizou com um reajuste de 21,3% em quatro anos e baseado na inflação esperada. Há uma rejeição por parte das classes dos trabalhadores. Estes ainda questionam os índices de reajuste para as gratificações de auxílio de alimentação, creche e plano de saúde.


Estão previstas para as próximas semanas de agosto, que se encaminha para seu final, as paralisações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).


Os representantes sindicais e de classes afirmam que o governo parece não se preocupar com o servidor público e até o momento não ofereceu alternativas mais concretas de negociação. Isto tem causado temor e apreensão em muitos servidores públicos, que manifestam o desejo de voltar às suas atividades normais e continuar a oferecer um bom serviço à população.