22/08/2015
Passaram grana para um corrupto delator dentro de…garrafas de Cachaça
No caso, foi o José Otávio Germano junto com outro “colega de profissão”e de cachaça ao que parece. Vai a matéria:
Jornal GGN – A
Folha de S. Paulo publicou, na noite de quinta-feira (20), que um
relatório da Polícia Federal enviado ao Supremo Tribunal Federal aponta
que dois deputados do PP pagaram propina para obter vantagens na
Petrobras inserindo o dinheiro dentro de uma garrafa de cachaça. De
acordo com a reportagem, José Otávio Germano (à esquerda na foto) e Luis
Fernando Faria colocaram R$ 200 mil no objeto e entregaram ao réu
delator da Lava Jato, Paulo Roberto Costa. O ex-diretor da Petrobras
disse que recebeu o montante como “cortesia”, mas negou que tenha atuado
para obter contratos para a empresa Fidens Engenharia.
Deputados do PP colocaram propina em garrafa de cachaça, diz PF / Da Folha de S. Paulo
A Polícia Federal enviou ao STF (Supremo
Tribunal Federal) um relatório atestando que os deputados Luis Fernando
Farias (PP-MG) e José Otávio Germano (PP-RS) pagaram propina à
diretoria da Petrobras em troca de benefícios à empresa Fidens
Engenharia.
O documento, entregue no Supremo na
quarta (19), é o primeiro parecer conclusivo da PF relativo os
inquéritos abertos para investigar a atuação de parlamentares no esquema
de desvios da estatal. A informação foi divulgada pelo site da revista
“Época”.
De acordo com o relatório da PF, em
2010, Farias e Germano desembolsaram R$ 200 mil ao ex-diretor de
Abastecimento Paulo Roberto Costa para que a Fidens pudesse renovar o
certificado que permitia a empresa se inscrever nas licitações da
Petrobras.
Os parlamentares guardaram o dinheiro,
em espécie, dentro de uma garrafa de cachaça e a entregaram a Costa no
Hotel Fasano, no Rio de Janeiro.
A condição da construtora foi
regularizada e ela pode participar das concorrências. Venceu três delas
em 2010 –uma para atuar na obra de terraplanagem da Refinaria Premium 1,
no Maranhão– e outras duas em 2011.
A PF recolheu provas da relação entre os
deputados e um executivo da Fidens com Paulo Roberto Costa. Entre elas
está o comprovante de reserva de um quarto duplo no Hotel Fasano na data
do pagamento, em setembro de 2010.
Além disso, os investigadores
identificaram reuniões de Costa com os parlamentares, inclusive na sede
da Petrobras, no Rio, e com o presidente da Fidens, entre 2008 e 2010,
no prédio da estatal.
Os policiais também coletaram registro
de entrada da Luiz Fernando Ramos no edifício onde funcionava uma das
empresas de Youssef, em São Paulo, em 2011.
CONFISSÃO
A PF partiu de informações do prestadas
pelo próprio Paulo Roberto Costa em seus depoimentos do acordo de
delação premiada firmado com o Ministério Público.
No dia 2 de setembro do ano passado,
Costa relatou o lobby dos parlamentares em favor da Fidens Engenharia e
admitiu ter recebido os R$ 200 mil em propina no hotel do Rio.
O ex-diretor contou, na ocasião, ter
entendido o pagamento como uma espécie de “agradecimento” dos deputados
pelos resultados da Fidens, já que, segundo ele, não influenciou na
contratação da empresa.
A Folha não conseguiu localizar o advogado que representa os deputados nem os responsáveis pela Fidens.
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