Governo joga o abacaxi no colo dos brasileiros e Renan ainda elogia a iniciativa!!
Renan diz que medidas demonstram disposição do governo em enfrentar a crise
14/09/2015 22h40
Brasília
Iolando Lourenço e Luciano Nascimento - Repórteres da Agência Brasil
O presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), elogiou as medidas anunciadas nesta segunda-feira (14) pelo
governo e que objetivam assegurar o montante de R$ 64,9 bilhões, de modo
a fechar 2016 com as contas públicas equilibradas. Segundo Renan, com o
anúncio o governo demonstra "que está querendo vencer o imobilismo, que
está recuperando a sua capacidade de iniciativa". Renan Calheiros considerou positiva a intenção de economizar R$ 26 bilhões com a redução de gastosArquivo/Wilson Dias/Agência Brasil Calheiros
considerou positiva a intenção do governo de economizar R$ 26 bilhões
com a redução de gastos na máquina administrativa e em alguns
investimentos.
De acordo com o presidente do Senado, antes de
propor medidas como a que pretende criar um tributo nos moldes da
Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) o governo
precisava mostrar que está disposto a cortar na “própria carne”.
“Anunciar
um corte significativo é bom. O governo não pode ter nenhuma dúvida em
cortar ministérios ou cargos em comissão. Essa é uma preliminar para que
nós possamos discutir qualquer aumento de receita”, afirmou Renan.
Segundo
ele, agora caberá ao Congresso apreciar as medidas, entre elas a que
propõe a volta da CPMF, com alíquota de 0,2%. Com o imposto, o governo
pretende arrecadar, em 2016, R$ 32 bilhões, a fim de ajudar a fazer
superávit primário (economia para pagar os juros da dívida).
A
oposição no Senado criticou as medidas, em especial a proposta de
criação de um novo imposto. Em nota, o presidente do PSDB, senador Aécio
neves (MG) informou que a sociedade, mais uma vez, é requisitada a
pagar a conta. “Há medidas de redução de custeio, mas, infelizmente,
como já era esperado, o maior “esforço fiscal” vem do aumento de
impostos em plena recessão.”
Presidente do DEM, o senador José
Agripino (RN) disse que não aumentaram em nada a credibilidade do
governo. Agripino criticou a possibilidade de retorno da CPMF. “Para
equilíbrio das contas só com aumento de impostos, não contarão conosco. É
querer parar o país.”
O senador Lindberg Farias (PT-RJ) afirmou
que não se pode transformar a volta da CPMF em um “cavalo de batalha”.
Lindberg acrescentou que melhor seria tributar mais os mais ricos, o
“andar de cima”.
“Esse [CMPF] não é nosso maior problema.
Preferíamos outros impostos, como o sobre distribuição de lucros e
dividendos. Mas não vamos fazer um cavalo de batalha sobre isso, porque
pode ser necessário nas circunstâncias do país.”
Farias
mostrou-se preocupado com o anúncio de redução de gastos de R$ 26
bilhões, que atingem programas como o Minha Casa, Minha Vida, a saúde e o
reajuste dos servidores públicos.
Segundo ele, essas medidas
podem ter efeito reverso e aprofundar a crise. “Achamos que devia ter
tido mais essa preocupação de tributar o andar de cima. Sobre os cortes,
volto a dizer que isso acabará aprofundando a recessão econômica e
aumentando a crise política, porque agora vamos brigar de vez com nossa
base social, com os movimentos sociais”, concluiu.
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