Isabela Bonfim / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
13 Novembro 2015 | 08h 07
Partido, derrotado na eleição presidencial de 2014, muda forma de atuação e prepara série de propostas para economia
Brasília - Criticado pela aliança com o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e por ser pouco atuante na retomada da
economia, o PSDB resolveu agir nesta semana.
Rompeu com o peemedebista, negociou a aprovação de pautas econômicas com o governo e já começa a anunciar a divulgação de documento com propostas para o ano que vem. O PSDB busca maior empatia com o eleitorado nas eleições municipais de 2016, além de sinalização para o mercado financeiro.
“Vamos
apresentar ao País um diagnóstico da gravidade da crise e do que nos
espera para o ano que vem, mas principalmente propostas na área social,
em razão da gravidade da crise pela qual passam hoje milhões de famílias
brasileiras”, afirmou Aécio Neves (PSDB-MG), presidente do partido.
O documento será uma revisão da plataforma de campanha presidencial de Aécio em 2014, com propostas como pacto federativo e reforma tributária, além de enfoque social. A Executiva da legenda se reúne em duas semanas para fechar detalhes, e a apresentação da carta deve ser feita no início de dezembro em pronunciamento do próprio senador, que prometeu uma “fala forte”.
A estratégia integra uma tentativa de recuperar o protagonismo do debate econômico, perdido desde a derrota na eleição de 2014. Em um ano de crise econômica, tucanos chegaram a apoiar algumas das chamadas “pautas-bomba” no Congresso. Algumas delas em contradição com a defesa histórica feita pela sigla, como o fim do fator previdenciário – medida aprovada pelo governo Fernando Henrique Cardoso.
Há duas semanas, os tucanos assistiram ao PMDB lançar um documento com propostas para a economia que destoavam das defendidas pelo PT. É dentro dessa estratégia que se explica a sinalização com o governo na negociação direta pela aprovação de pautas do ajuste fiscal. A oposição anunciou acordo para aprovar a Desvinculação de Receitas da União (DRU) com alíquota de 25% na terça-feira. O pacto foi celebrado com um aperto de mãos entre os líderes José Guimarães (PT-CE) e Bruno Araújo (PSDB-PE).
Segundo Aécio, o apoio às pautas econômicas são uma demonstração do compromisso do PSDB com as questões que são cruciais para o País. “Não vamos fazer como o PT que, quando era oposição, encontrava vício de origem em tudo que vinha do Palácio, como a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Plano Real.”
Rompeu com o peemedebista, negociou a aprovação de pautas econômicas com o governo e já começa a anunciar a divulgação de documento com propostas para o ano que vem. O PSDB busca maior empatia com o eleitorado nas eleições municipais de 2016, além de sinalização para o mercado financeiro.
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A estratégia integra uma tentativa de recuperar o protagonismo do debate econômico, perdido desde a derrota na eleição de 2014. Em um ano de crise econômica, tucanos chegaram a apoiar algumas das chamadas “pautas-bomba” no Congresso. Algumas delas em contradição com a defesa histórica feita pela sigla, como o fim do fator previdenciário – medida aprovada pelo governo Fernando Henrique Cardoso.
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Segundo Aécio, o apoio às pautas econômicas são uma demonstração do compromisso do PSDB com as questões que são cruciais para o País. “Não vamos fazer como o PT que, quando era oposição, encontrava vício de origem em tudo que vinha do Palácio, como a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Plano Real.”
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