sexta-feira, 13 de novembro de 2015

COP 21.Contribuição da Associação Park Way Residencial.



Associação Park Way Residencial
SMPW Quadra 25 conjunto 01 lote 2 casa B
CEP:71745501


Oficio 110/2015                                                         Brasília, 12 de novembro de 2015



Ilustrissimo Ministro Everton Lucero,
Chefe da Divisão de Clima, Ozônio e Segurança Química 

  
COP 21. Participação brasileira. Sugestões da Sociedade Civil.
Apa Gama Cabeça de Veado.



Prezado Ministro,



A Associação Park Way Residencial é uma organização da sociedade civil,  localizada no bairro homônimo, que está inserido na Área de Proteção Ambiental (APA) Gama Cabeça de Veado, uma das unidades de conservação de uso direto do Distrito Federal.  Parte dessa APA contém uma das áreas núcleo da Reserva da Biosfera do Cerrado – fase 1, pertencente ao programa internacional da UNESCO (Man and Biosphere). 


2. A Associação atua em diversas frentes, com destaque para o Conselho de Meio Ambiente e mais recentemente no Pró-Comitê Distrital da Reserva da Biosfera do Cerrado, que pretende retomar o programa MAB/UNESCO no Distrito Federal.  Considerando que este bioma é um hotspots mundiais de biodiversidade, e o DF possui menos de 40% de vegetação original íntegra, contribuir para que se mantenham os fragmentos restantes é uma das principais tarefas do nosso trabalho. 


3.Acresce que os cenários de mudanças climáticas para a região do Cerrado brasileiro apontam uma redução ainda maior do período de chuvas, com perspectiva de redução em 45% da pluviosidade até 2100 (IPCC/Embrapa/INPE, 2015).  Com isso, também manter o Cerrado em pé significará maiores condições para protegermos os cursos d’água. Por conseguinte, haverá melhores garantias de disponibilidade hídrica para abastecimento populacional. Afinal, não podemos esquecer que o Distrito Federal está localizado em uma área de cabeceiras de drenagem, ou seja, há baixas vazões.  


4. Diante desse cenário, em 2016 será lançado no Congresso Mundial de Reservas da Biosfera, em Lima (Peru), o próximo Plano de Ação do Programa MAB/UNESCO. Sabe-se que haverá  mais dois grandes norteadores ao Programa, quais sejam: os desafios das mudanças climáticas e a aplicação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).  Para a UNESCO as Reservas da Biosfera são as  “áreas-piloto” ou “vitrines” mundiais de sustentabilidade do século XXI. E, agora, também serão  “laboratórios vivos” de mudanças climáticas. 


5.Sendo assim,  gostaríamos de sugerir que reiterassem a importância de transformar as Reservas da Biosfera brasileiras em “vitrines” de projetos relativos às mudanças climáticas, sejam nos aspectos de mitigação, adaptação e resiliência das populações. 


6.No caso da APA Gama Cabeça de Veado, ela possui atividades urbanas e rurais e áreas preservadas, como a Estação Ecológica do Jardim Botânico, a Reserva Ecológica do IBGE e a Estação Ecológica da Universidade de Brasília.  Além disso, como toda a APA está inserida na bacia do Lago Paranoá, ela  integra a zona de tamponamento do Conjunto Urbanístico de Brasília, que é tombado pelo governo federal e reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.  Logo, há um caso singular de união entre os patrimônios culturais e ambientais, sendo ambos reconhecidos por dois programas da UNESCO

 
7.Nesse contexto, gostaríamos de também sugerir que houvesse destaque para a APA Gama Cabeça de Veado dentro das propostas do governo brasileiro na COP 21, em Paris.  Afinal, acreditamos que esse destaque irá nos ajudar no nosso trabalho de conciliar o Homem e Natureza, previsto pelo programa MAB/UNESCO, ao mesmo tempo em que encontramos caminhos para enfrentarmos as mudanças climáticas que já se fazem sentir.


Cordialmente,


Flávia Ribeiro da Luz

Associação Park Way  Residencial

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