A mancha marron invade o mar. Foto: Fred Loureiro/Secom ES.
A mancha vista do alto. Foto: Fred Loureiro/Secom ES.


A lama da barragem da mineradora Samarco, que rompeu no começo do mês em Mariana, Minas Gerais, chegou com tudo na foz do rio Doce neste sábado (21). O rastro de água marrom deixado no mar pode ser visto ao longo de 10 km da costa, com largura que chega a 40 km, segundo cálculo feito pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) do Espírito Santo, divulgados na manhã desta segunda-feira (23).


A prefeitura de Linhares interditou três praias da região: Regência, Povoação e Pontal do Ipiral. Placas sinalizam que a água está imprópria para banho. Ainda não há dados sobre a qualidade da água. Eles só deve se tornar disponíveis nos próximos dias.


Desde sexta, a Samarco, empresa responsável pelas barragens de rejeito que romperam, em Mariana, Minas Gerais, trabalhou para retirar boias de contenção, para que a lama chegasse ao mar. A ideia é que a lama se dissipará quando chegar no oceano. 


A retirada foi baseada na decisão do juiz titular da 3ª Vara Civil de Linhares, Thiago Albani, que revogou a decisão anterior da Justiça Federal do Espírito Santo que  havia determinado que a empresa de propriedade da multinacional brasileira Vale e da australiana BHP Billiton barrasse a chegada da lama na foz do rio Doce, área de concentração de desovas da tartaruga-gigante (Dermochelys coriacea). 



Assim foi feito e máquinas abriram caminho na areia para que a lama fosse direcionado para o mar. Mas barreiras de contenção com o objetivo de proteger ilhas localizadas no estuário foram mantidas. 

Não adiantou muito. A lama de rejeitos passou pela barreira de contenção e atingiu a vegetação.