terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Coluna Claudio Humberto


Na reta final do governo, as visitas de Lula ao exterior foram marcadas por ligações do Planalto às embaixadas do Brasil informando que o então presidente “esperava receber de presente” algumas caixas de vinhos especiais, cuja lista era em seguida enviada. Foram usados 11 caminhões da Granero na volta de Lula a São Bernardo (SP), no início de 2011. Um deles, climatizado, levou um espantoso acervo de vinhos.
Embaixadores do Brasil naquela ocasião afirmaram à coluna, pedindo anonimato, que recebiam o “pedido” do Planalto como um ultimato.
Outros diplomatas interpretaram o pedido do Planalto como uma “oportunidade de agradecer” o posto que ocupavam no exterior.
Lula deixou o Alvorada com 1.403.417 itens em 11 caminhões, mas d. Marisa pediu à Granero “cuidado redobrado” com a adega de Lula
A oposição planeja, este ano, esmiuçar a formação da adega de Lula, considerada hoje como uma das mais valiosas de todo o País.
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O presidente de Furnas, Flavio Decat, agora chamado de “imperador” pelos funcionários, entrou em rota de colisão com a diretoria da Eletrobrás. Ao anunciar a venda de 30% dos ativos de Furnas, ele virou alvo da estatal que é holding do sistema elétrico, cujo diretor financeiro teve de emitir comunicado ao mercado desmentindo a operação. Decat ainda acumula as diretorias de Administração e de Novos Negócios.
“Não há nenhuma avaliação acerca da Operação (de abertura de capital)”, diz o comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em novembro de 2015, Decat mandou memorando a ele mesmo, que trata de irregularidades no fundo de pensão dos funcionários.
Anda tudo muito estranho em Furnas. Até a assessoria do “imperador” Decat se confessou incompetente para esclarecer o assunto.
A Zelotes desmantelou esquema que roubou R$20 bilhões do País, três vezes mais o afano na Petrobras, e descobriu a venda de medidas provisórios nos governos Lula e Dilma. Mas para o ex-ministro Gilberto Carvalho, a investigação quer inviabilizar a candidatura do chefão Lula.
Exatos 81 dias após o rompimento da barragem de lama da Samarco, no maior desastre ambiental da nossa História, que matou 17 pessoas, até agora ninguém foi preso. Não há sequer pedidos de prisão.
Sinceridade faz mal à saúde, no governo. O ministro Marcelo Castro (Saúde) tem sido criticado pelo fato de haver admitido que o Brasil “perdeu feio” a guerra contra a dengue. Nada mais verdadeiro.
A maioria dos caciques do PMDB avalia que Michel Temer leva a melhor sobre Renan Calheiros na disputa pelo controle do partido. Temer fez concessões. A reeleição deve ser finalmente limitada.
Eduardo Cunha vem sendo cada vez mais cordial com os deputados federais. Não esquece o aniversário de nenhum deles e atende às ligações com largo sorriso, seguido de um íntimo “Ô, meu irmão...”.
O convite oficial para Mauro Lopes assumir a pasta da Aviação Civil só virá após definido o líder do PMDB na Câmara. O emprego de Lopes depende apenas da vitória de Leonardo Picciani (RJ). E da Lava Jato.
Aliados querem Dilma o mais distante possível nas eleições municipais. Pega mal ter Dilma no palanque. Até mesmo no Nordeste, que já foi reduto eleitoral petista, os candidatos se escondem da presidente.
O prefeito de Lauro Freitas (BA), Marcio Paiva (PP), aliado do PT, está preocupado com o apoio do bem avaliado prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), a seu adversário Gustavo Ferraz (PMDB), em outubro. Paiva avalia se filiar ao PSDB para evitar o apoio de Neto a Ferraz.
Já que José Dirceu “está pronto para falar tudo”, como diz o advogado, tem gente lembrando que Lula andou pregando sua desfiliação do PT...

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