Decreto de criação da unidade no arquipélago
paulista deverá ser publicado nos próximos dias pelo Ministério do Meio
Ambiente. Reserva terá 60 mil hectares e permitirá visitação pública.
08 Julho 2016 | 16h21
A transformação de Alcatrazes em uma área protegida é uma das principais pautas da agenda de conservação da biodiversidade marinha no Brasil há mais de 20 anos. Localizado a 45 km de São Sebastião, Alcatrazes é um importante refúgio de vida marinha, tanto debaixo d’água quanto na superfície, abrigando várias espécies raras e ameaçadas de extinção. Além disso, tem grande potencial para o ecoturismo, por conta de sua beleza diferenciada — razão pela qual a preferência sempre foi pela criação de um parque nacional, aberto à visitação, em vez de uma unidade fechada, de uso exclusivo para pesquisa e conservação.
A proposta de criar um Refúgio de Vida Silvestre (RVS, ou REVIS) em vez de Parque Nacional (PARNA) veio a público em setembro de 2015, durante o Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, e foi inicialmente mal recebida pela sociedade civil. Vejam a reportagem publicada à época: Projeto do Parque Nacional Marinho de Alcatrazes volta à tona sob nova categoria
A preocupação é que a categoria REVIS não garante a possibilidade visitação pública (apesar de não excluí-la), enquanto que num PARNA isso é um componente intrínseco do modelo de gestão e uso sustentável da unidade. A informação disponível, oé que o refúgio de Alcatrazes será aberta a visitação; porém de uma forma mais controlada do que ocorreria num parque.
Partes do arquipélago são usadas há décadas como alvo para prática de tiros de navios de guerra da Marinha. Já existe uma unidade de conservação no local, a Estação Ecológica de Tupinambás, que cobre apenas algumas partes do arquipélago e não é aberta à visitação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário