sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Água do Rio Paraoapeba, contaminada pela lama tóxica da Vale, traz riscos à saúde

Brumadinho

Água do Rio Paraoapeba, contaminada pela lama tóxica da Vale, traz riscos à saúde

Contato eventual não causa risco de morte, mas consumo humano e animal deve ser evitado. Governo de Minas diz que determinou à Vale para que forneça água potável às regiões afetadas
 
por Redação RBA publicado 31/01/2019 10h57 
 
Ricardo Stuckert
Lama Vale
Contato com a água contaminada pela lama da Vale pode causar náuseas, vômitos, coceira, diarreia, tonteira e outros sintomas

São Paulo – De acordo com resultados iniciais de um monitoramento feito pelo governo de Minas Gerais, as águas do Rio Paraoapeba apresentam riscos à saúde humana e animal em função da contaminação pela lama de rejeitos de mineração da Vale, após o rompimento na última sexta-feira (25) da barragem B1, na Mina do Feijão, em Brumadinho. Até o momento, o crime ambiental causou a morte 99 pessoas. Outras 259 estão desaparecidas.

Em nota divulgada nesta quinta-feira (31), as secretarias de Saúde, Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Agricultura mineiras recomendam a não utilização da água bruta do Rio Paraoapebas para qualquer finalidade até que a situação seja normalizada. Os órgãos do governo do estado afirmam que o contato eventual com a água contaminada não causa risco de morte.

As autoridades orientam que qualquer pessoa que tenha tido contato direto com a água do rio, ou ingerido alimentos que também tiveram esse contato após a chegada da lama da barragem e que apresentarem sintomas como náuseas, vômitos, coceira, diarreia, tontura devem procurar a unidade de saúde mais próxima.

As orientações são válidas para as comunidades que ficam nas regiões que vão desde a confluência do Rio Paraopeba com o Córrego Ferro-Carvão, próximo ao local da tragédia, até o município de Pará de Minas.

O governo de Minas também afirma que já determinou à Vale que forneça água potável para as comunidades afetadas. Emergencialmente, também foi suspensa a necessidade de autorização para a perfuração de poços artesianos, para que a população consiga meios alternativos de fornecimento de água.

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