Ariadne Sakkis
Publicação: 24/01/2014 06:02 Atualização:
Casas de madeira da Vila Planalto apodrecem em decorrência da falta de manutenção: construções abrigaram operários e engenheiros que ergueram a capital |
A Vila Planalto é uma testemunha do advento de Brasília. Nela, viveram as mentes e mãos que deram dimensão real às plantas baixas da cidade. Dos setores batizados com os nomes das construtoras, pouco sobrou. Mas o legado do berço da ocupação da nova capital era forte o suficiente para transformar a área, uma vez ocupada por sete acampamentos, em patrimônio histórico do Distrito Federal. Sendo assim tão importantes, é de se admirar que muitas das edificações originais estejam à mercê do tempo e de ninguém mais.
O descaso motivou o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) a mover, no início do ano passado, uma ação cobrando providências do governo para impedir a proliferação de obras irregulares e para a preservação do patrimônio. Em setembro, a Vara de Meio Ambiente acatou parcialmente o pedido e determinou que o DF apresentasse, em 90 dias, um cronograma de revitalização do Conjunto da Fazendinha, sob multa diária de R$ 2 mil em caso de descumprimento.
Mas o governo recorreu e, até o momento, a Justiça não deu um desfecho ao processo. Enquanto isso, os efeitos da primeira decisão permanecem suspensos. Além da Fazendinha, a Promotoria de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) incluiu a Escola Classe nº 1 do Planalto, a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, o Campo da Rabelo e o Alojamento dos Operários e Engenheiros Solteiros da Rabelo na lista de locais que precisam de revitalização.
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