Segundo a polícia, a cozinheira Carmelita Aparecida das Neves, de 46 anos, obrigava os irmãos a simular atos sexuais e registrava toda a ação
Mariana Zylberkan
Sabrina Alexandrino, delegada-adjunta do Núcleo de
Proteção à Criança e aos Adolescentes Vítimas de Crimes (Nucria),
investiga caso de abuso sexual no Paraná
Ele e a irmã, de 12 anos, já haviam sido vítimas de abuso do pai, preso em 2012, quando a menina foi morar com parentes.
O que a polícia não sabia é que a mãe deu seguimento à violência sexual obrigando, inclusive, os dois irmãos a simular atos sexuais; ela registrava a ação em vídeo e planejava divulgar as imagens.
Exame de corpo de delito confirmou o abuso no menino.
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O caso ocorreu no bairro de Vila Torres, em Curitiba. No casa da família, foram apreendidos brinquedos sexuais em formato de pênis.
Segundo a delegada-adjunta do Núcleo de Proteção à Criança e aos Adolescentes Vítimas de Crimes (Nucria), Sabrina Alexandrino, este é um dos casos mais graves envolvendo crianças e adolescentes nos últimos tempos.
"Ela já sabia do que se tratava quando foi presa e preferiu se manter em silêncio", diz a delegada. A cozinheira foi presa no trabalho, em uma lanchonete.
Em depoimento, os irmãos relataram que a mãe os ameaçava de morte caso contassem a alguém sobre os abusos. "Ela dizia que os mataria e esconderia os corpos para niguém saber o que aconteceu", diz a delegada. O bairro onde moravam é considerado de alta periculosidade onde há muita disputa de gangues pelo tráfico de drogas.
De acordo com a delegada, foi decretada a prisão preventiva da mãe. Ela encaminhada para a ala feminina da Casa de Custódia, em Curitiba. O menino está sob os cuidados do conselho tutelar da região.
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