segunda-feira, 25 de agosto de 2014

(Noticia antiga mais ainda atual) PT e PSDB focam campanha em 'desconstruir' Marina Silva



Vera Rosa e Débora Bergamasco





  • Valter Campanato | Agência Brasil
    Marina Silva deve ser apontada como candidata do PSB à presidência

Uma operação de bastidores para tentar desconstruir a nova candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, já começou a ser preparada nos comitês de campanha da presidente Dilma Rousseff e do concorrente do PSDB, Aécio Neves. No horário eleitoral gratuito, nesta terça-feira, 19, todos os candidatos farão uma homenagem a Eduardo Campos, morto em acidente aéreo na quarta-feira, 13, mas, longe dos holofotes, Marina não terá vida fácil.


Os comitês de Dilma e Aécio pretendem questionar a capacidade de gestão da ex-ministra do Meio Ambiente a fim de tentar retomar a polarização entre petistas e tucanos que já dura 20 anos.
Em conversa após o velório de Campos, no domingo, 17, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a Dilma que é preciso tomar cuidado com Marina para que ela não se consolide no segundo lugar da disputa, assumindo a fisionomia da mudança, até agora não identificada com Aécio.

Pesquisas em poder da cúpula do PT coincidem com levantamento do Datafolha, divulgado nesta segunda, 18, apontando Marina no segundo lugar, com 21% de intenções de voto, em situação de empate técnico com Aécio, que tem 20%. A petista tem 36%.

As sondagens encomendadas pelo PT também mostram a ex-ministra de Lula "colada" em Dilma numa provável segunda rodada da corrida presidencial. O fato obrigou o comitê da reeleição e Aécio a remodelarem suas estratégias - já direcionadas à polarização, pois Campos tinha apenas 9% das intenções de voto -, montando arsenais para desgastar Marina, a princípio, nas redes sociais.

Experiência
O plano no PT é "terceirizar" os ataques à ex-ministra, lançando dúvidas sobre como seria o Brasil governado por uma pessoa sem experiência administrativa, que, nas palavras de assessores de Dilma, pode apresentar entraves ao crescimento econômico por suas posições sectárias e de confronto com o agronegócio. Não será a presidente quem fará as críticas.

O comitê da reeleição pretende desconstruir a imagem de Marina como boa gestora à frente do Ministério do Meio Ambiente, colando nela o carimbo de "radical", "conservadora" e "fundamentalista" - evangélica, Marina é bastante religiosa.

Dilma trabalhou com Marina no governo Lula quando era ministra de Minas e Energia e, depois, chefe da Casa Civil. As duas colecionam embates nas áreas de infraestrutura e meio ambiente.

Em conversas reservadas, tucanos dizem que, caso o PSB se consolide em segundo lugar, o processo de desconstrução de Marina deve ocorrer em dois níveis diferentes. Assim como os petistas, eles querem atacar a inexperiência da candidata como gestora, em contraponto a Aécio, que governou Minas por oito anos. Por esse diagnóstico, a eleição de Marina representaria o mesmo "salto no escuro". O tucano seria, nessa narrativa, a alternativa de "mudança segura".

Rompimento
Também como os petistas, os tucanos pretendem mostrar o lado "sectário" de Marina. O PSDB pretende lembrar que ela rompeu com PT e PV, e desaprovou alianças acertadas por Campos nos Estados. Em São Paulo, ela foi contra a aliança com o governador Geraldo Alckmin (PSDB).


Uma das preocupações dos tucanos é que o debate eleitoral seja tomado por um clima de "mitificação" da candidata do PSB. O temor, hoje, é de que Marina assuma aura de mulher "predestinada" à Presidência.

Na tentativa de minimizar o patamar de intenções de voto em Marina, tanto a cúpula do PT como o comando do PSDB afirmam que as pesquisas de hoje são uma fotografia do momento e podem estar "contaminadas" pela comoção nacional com a morte de Campos. Na prática, porém, a preocupação tomou conta dos dois comitês.

O PT sempre avaliou que é melhor Dilma "liquidar a fatura" no 1.º turno. Em recente reunião da direção, em Brasília, um petista chegou a dizer que o 2.º turno será um "salve-se quem puder". O partido prefere enfrentar Aécio a Marina porque se trata de uma briga já conhecida entre PT e PSDB.

Popular
O potencial de crescimento de Marina entre as camadas populares também preocupa o Planalto. Pesquisas qualitativas, que servem de termômetro para medir o humor dos eleitores, mostraram ao governo que ela é apontada como "mulher do povo" e "gente como a gente". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Comentario

Vera Regina Moraes RS

Até o Reinaldo Azevedo, jornalista que eu respeitava (até ele começar a defender Israel)  partiu para um ataque sem sentido contra a Marina!


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