segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Presos são decapitados e lançados do telhado em prisão no Paraná


BBC

Atualizado em  24 de agosto, 2014 - 23:11 (Brasília) 02:11 GMT

Sigla do PCC em presídio (foto: BBC)
Ao menos quatro presos foram assassinados em rebelião em presídio do Paraná

Ao menos quatro pessoas foram mortas em uma rebelião de grandes proporções supostamente integrada por membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) em um presídio no Paraná neste domingo.

 Segundo a polícia, dois detentos foram decapitados e outros dois foram jogados do telhado da unidade prisional.

A rebelião começou por volta de 6h30 na Penitenciária Estadual de Cascavel. Os detentos estariam exigindo transferências e melhores condições de organização, higiene e alimentação na unidade prisional.
Segundo órgãos de imprensa locais, os presos teriam serrado a tranca de uma das celas e dominado um agente prisional, iniciando um motim.

Dezenas de presos se posicionaram no telhado da unidade. Eles tinham os rostos cobertos e agrediram agentes e outros detentos feitos reféns com pedaços de ferro e madeira. Os presos exibiram cartazes onde era possível ler a sigla do PCC e depredaram as instalações prisionais.

Policiais militares confirmaram à BBC Brasil que detentos foram decapitados. A penitenciária abrigava 1.040 presidiários e ao menos 600 deles teriam tomado parte da rebelião. A polícia disse porém que não era possível ter informações precisas sobre o que estava ocorrendo dentro da unidade.

Facção

De acordo com a TV Globo, dois detentos foram decapitados e outros dois morreram ao serem jogados do telhado da unidade. Dois agentes eram reféns até a noite de domingo – quando as negociações com a polícia e autoridades do governo e do Judiciário foram suspensas.

O diálogo com os presos seria retomado na manhã de segunda-feira. Não há informações precisas sobre o número de feridos.

A facção criminosa paulista PCC está presente em diversos Estados brasileiros e, segundo investigações da Polícia Civil e do Ministério Público, controla o tráfico de drogas, o código de conduta e a decisão sobre a realização de rebeliões dentro das prisões.

Durante uma crise do sistema prisional no ano passado, mais de 60 detentos foram assassinados em uma série de rebeliões no Maranhão.

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