Aécio e Dilma questionam de onde candidata do PSB vai tirar o dinheiro.
Em Porto Alegre, ela apontou alto custo com juros da dívida e obras caras.
Marina Silva Expointer RS
"Eu fico muito feliz que nossos concorrentes, o Aécio e a Dilma, estejam lendo o nosso programa de governo e fazendo cálculos. Gostaria de poder fazer o mesmo em relação ao programa deles, que eles ainda não apresentaram. A presentaram uma série de pontos genéricos e, talvez, por não terem ainda esse compromisso de apresentar para a sociedade o que irão fazer, estão fazendo essa matemática do 'não é possível'", disse a candidata.
Desde o lançamento do programa, as campanhas do PSDB e do PT têm atacado a viabilidade e as ideias do programa do PSB.
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Nesta quinta, em Belo Horizonte, Aécio repetiu que as propostas de Marina são "inexequíveis".
"Respeito as boas intenções [de Marina], mas o conjunto de suas
propostas é inexequível. Basta fazer as contas. Apenas no próximo ano,
seriam R$ 150 bilhões a mais em gastos. Como fazer isso?", questionou o
candidato tucano.No debate promovido pelo SBT na última segunda-feira (1º), Dilma aproveitou a primeira pergunta a que tinha direito para questionar Marina de onde sairiam R$ 140 bilhões, segundo ela, para cumprir as "promessas".
No Rio Grande do Sul, Marina repetiu ser possível cumprir as propostas para educação em tempo integral, dizendo que hoje existem 8 milhões de jovens analfabetos.
"Nós haveremos de conseguir os recursos através do Brasil que vai voltar a crescer. Só para se ter uma ideia, se tivermos uma diminuição de um ponto percentual na taxa Selic, a taxa de juros, nós teremos cerca de R$ 25 bilhões. A presidente Dilma deu um aumento em torno de 3 pontos percentuais, cerca de R$ 75 bilhões", afirmou.
Ela também disse haver obras públicas que encarecem ao longo dos anos. "Tem muitos empreendimentos que começam com R$ 6 ou R$ 7 bilhões e vão até R$ 15, R$ 20 bi. Essas ações precisam ser adequadamente acompanhadas, com transparência. Esses projetos que não ligam A com B, tudo isso precisa ser revisitado para que esses empreendimentos possam ter uma eficiência e estejam de acordo com as necessidades do país", disse.
Ela também disse que o esforço para controlar a inflação, baixar a taxa de juros e recuperar o investimento vai dar "espaço fiscal". Finalizou dizendo que será criado um Conselho de Responsabilidade Fiscal, para acompanhar os gastos do governo.
"Ninguém com um raciocínio lógico mínimo imagina que você já vai pegar todos esses recursos e tê-los no primeiro dia de governo. Nós estamos estudando com a nossa equipe econômica para que possamos iniciar com os compromissos que assumimos, mas é ao longo dos nossos quatro anos de governo", afirmou Marina.
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