sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Disputa presidencial é muito acirrada no RJ e no RS



Terceiro maior colégio eleitoral do país, o Rio continua sendo palco de uma acirrada disputa pela Presidência, o que o transforma numa espécie de reprodução sintética do que ocorre no país. O mesmo é registrado no Rio Grande do Sul, quinto maior eleitorado.

Ao pesquisar intenção de voto para governador em quatro Estados (RJ, RS, CE e DF), o Datafolha também fez perguntas sobre a eleição presidencial. Assim, foi possível verificar o desempenho dos presidenciáveis em cada local.

Se só os fluminenses votassem, os resultado final seria um empate entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), com a petista numericamente à frente: 51% para ela, 49% para ele, em votos válidos.
Editoria de Arte/Folhapress
No Rio Grande do Sul, o empate técnico é o mesmo, só que com números invertidos: Aécio, 51%; Dilma, 49%.

São resultados quase idênticos ao da pesquisa nacional, que computa todos os Estados, nos dias 14 e 15: Aécio 51% ante 49% de Dilma.

Na pesquisa nacional, a margem de erro é de dois pontos. Nos Estados, de três.

É curioso notar que o desempenho de Dilma é quase idêntico no Rio e no Rio Grande do Sul enquanto a avaliação de seu governo é bem diferente nos dois Estados. Entre os gaúchos, 47% acham sua gestão boa ou ótima. No Rio, a taxa está em 32%.

O forte equilíbrio de forças no Rio já havia ficado claro no primeiro turno. No conjunto dos municípios fluminenses, Dilma ficou em primeiro com 36%; Marina Silva (PSB) teve 31%; Aécio, 27%.


Entre os gaúchos, o placar foi ainda mais apertado: 43% para Dilma, 41% para Aécio (Marina terminou com 12%).


No Ceará e no Distrito Federal, os comportamentos eleitorais são bem diferentes.


Editoria de Arte/Folhapress

No Estado nordestino (8º maior eleitorado), Dilma ganha de Aécio por uma enorme vantagem: 73% a 27%.

No Distrito Federal (20º eleitorado), a grande dianteira é do tucano: 65% a 35%.


VARIAÇÕES
Na pesquisa nacional, os resultados finais em votos válidos ficaram idênticos aos do levantamento do dia 9. Não significa, porém, que a eleição tenha ficado congelada nas regiões e no interior dos segmentos sociais.

As alterações mais relevantes foram as quedas de 5 pontos de Aécio no Sudeste (55% para 50%) e de 7 pontos de Dilma no Sul (41% para 34%).

Os resultados finais acabaram sendo iguais ao da pesquisa anterior porque esses recuos foram compensados com avanços em outros locais (confira no gráfico).

Nos recortes de renda, Aécio apareceu com 5 pontos a menos entre os mais ricos (69% para 64%). Já Dilma apareceu com 6 pontos a mais nesse grupo (24% para 30%).

Nesse caso, porém, trata-se de um universo pequeno (5% da amostra), o que implica numa margem de erro bem maior.

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