sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Em debate, Aécio ataca Petrobras e mensalão e Dilma cita Cláudio e nepotismo




Por iG São Paulo | 16/10/2014 19:45
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No segundo confronto entre petista e tucano, realizado no SBT, sobram acusações e faltam propostas concretas ao País

Dilma Rousseff (PT), presidente e candidata à reeleição, e o tucano Aécio Neves (PSDB), participaram na noite desta quinta-feira (16) do segundo debate presidencial, realizado pelo SBT. 


Os temas corrupção, aeroporto de Claúdio, nepotismo e mensalão dominaram o embate entre os presidenciáveis, que mais uma vez foi agressivo e acalorado, pontuado por uma série de acusações. 

  
Com a agressiva troca de acusações entre os dois, as propostas para o País nos próximos quatro anos ficaram mais uma vez de lado. Em nenhum momento do debate, Aécio e Dilma apontaram algum projeto que pensam desenvolver. Mesmo quando deixaram de falar de corrupção e desvios éticos e focaram em educação, saúde e segurança, o tucano e a petista apenas falaram mal um do outro, assim como das passagens de seus partidos pela Presidência.  

Da mesma forma, Dilma e Aécio não se constrangeram em chamar um ao outro de mentiroso, tornando o debate ainda mais pobre de propostas. A impressão é que ambos os candidatos apostaram na ideia de que o eleitor iria escolher o presidenciável que tivesse menos acusações sobre si. 


Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) participam do segundo debate presidencial do segundo turno, realizado pelo SBT na noite desta quinta-feira (16). Foto: AP Photo/Andre Penner


Logo no início do debate, os dois candidatos trouxeram a corrupção para confronto apontado casos de desvios nos governos do PT e do PSDB na Presidência da República. "De quem é a responsabilidade por tantos desvios de dinheiro público da Petrobras?", questionou Aécio para a adversária, abrindo as perguntas do debate.


Dilma respondeu dizendo que, ao contrário dos governos do PSDB, os do PT investiguem e punem os culpados. "O Brasil vai ter pela primeira vez o combate sistemático à corrupção. No debate passado, eu perguntei onde estão os corruptos do Metrô de São Paulo, da Pasta Rosa ou da Privataria Tucana? Todos soltos. Eu tenho um compromisso diferente, investigar e punir", retrucou a petista.


"Ou a senhora foi conivente ou incompetente ao administrar a estatal Petrobras", acusou Aécio em sua tréplica. Na sua vez de perguntar, Dilma devolveu acusando o tucano de ter empregado a irmã Andrea Neves, tios e primos em suas duas administrações do governo de Minas Gerais. “Candidato, eu nunca nomeei parentes para o meu governo, eu gostaria de saber se o senhor nunca fez a mesma coisa?”, perguntou a petista.

Em sua resposta, Aécio disse que o irmão da petista, Igor Rousseff, foi empregado no governo de Belo Horizonte, na administração de Fernando Pimentel, mas não trabalhava. Ele disse ainda que a sua irmã trabalhou de forma voluntária no Estado de Minas.

“Candidata, a senhora conhece Igor Rousseff, seu irmão foi nomeado pelo prefeito Fernando Pimentel no dia 20 de setembro de 2003, e nunca apareceu para trabalhar, candidata. Essa é a grande verdade, lamento ter que trazer esse tema aqui”, acusou Aécio.

Dilma negou que o caso de seu irmão se tratasse de nepotismo. “A sua irmã e o meu irmão têm que ser regidos pela mesma, eles não podem estar no governo que nós estamos. O nepotismo, candidato, eu não criei. O nepotismo é uma decisão do Supremo Tribunal Federal.”

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