22/10/2014 17h05
- Atualizado em
22/10/2014 21h27
Aécio diz que Lula 'apequena' a própria biografia ao atacar PSDB
Tucano classificou ataques de petista como 'torpes' e 'absurdos'.
Aécio Neves concede entrevista coletiva em Belo Horizonte
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou
nesta quarta-feira (22), durante entrevista coletiva em Belo Horizonte
(MG), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "apequena" sua
própria biografia ao fazer ataques ao PSDB.Aécio foi indagado sobre as declarações do petista em que ele compara o PSDB ao nazismo. "Só quem perde com isso é ele. Acho que ele apequena a sua biografia com ataques torpes e absurdos como esse", declarou Aécio.
Durante evento no Recife (PE) nesta terça-feira (21) ao lado da candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, Lula voltou a chamar Aécio de "filhinho de papai" e fez declarações duras sobre a postura do tucano frente à Dilma. "De vez em quando, parece que estão agredindo a gente como os nazistas. Eles [tucanos] são intolerantes, mais que Herodes quando mandou matar Jesus Cristo", disse Lula.
Aécio disse que 'ignora' os ataques feitos por Lula. "O Lula não está disputando eleição. Eu ignoro [os ataques]. Eu lamento apenas que um ex-presidente da República se permita cumprir um papel tão inexpressivo como esse que ele vem cumprindo no final dessa campanha eleitoral. É triste para a sua própria biografia", completou. Nesta terça, durante evento em Goiânia, Aécio disse que faz "campanha propositiva", mas que não deixará de responder a ataques.
Aeroporto de Cláudio
Durante a entrevista, Aécio Neves também foi questionado se a investigação do Ministério Público Federal (MPF) sobre supostas irregularidades na construção de um aeroporto no município de Cláudio poderia impactar negativamente a campanha dele. O candidato deu uma resposta breve sobre o assunto: "Não, tem que investigar, que investigue", disse.
O candidato tucano reiterou compromissos de campanha, como a garantia de manutenção de programas sociais, a exemplo do Bolsa Família, o fortalecimento dos bancos públicos e a revisão dos fator previdenciário.
"Essa campanha vai ficar marcada na história do Brasil, como campanha da infâmia por parte dos nossos adversários. Hoje mesmo, são boletins, jornais apócrifos, anônimos sendo distribuídos dm todo o Brasil, exatamente dando a ideia de que nós poderíamos estar indo na direção da diminuição ou do fim dos nossos programas sociais ou da privatização dos bancos públicos. O que não vai acontecer, os nossos adversários sabem que não vai acontecer. Mas para eles não há limites, não há limites para se manterem no poder", disse.
Futebol
Aécio afirmou, ainda, que pretende democratizar e profissionalizar o futebol brasileiro. “Eu estou ao lado da modernização do futebol. Conversei ontem à noite, por coincidência, com o senador eleito pelo Rio de Janeiro Romário, que hoje está manifestando apoio à nossa candidatura e que também tem propostas nesta direção. (...) Nós temos que profissionalizar a gestão dos nossos clubes de futebol, o que não vem acontecendo hoje”, falou.
Sem detalhar propostas, ele também informou que vai trabalhar para que programas que atualmente estão quase extintos, como o Segundo Tempo [do Ministério dos Esportes, voltado à promoção social de crianças e adolescentes em situações consideradas de vulnerabilidade], cheguem às escolas. No fim, o candidato brincou, dizendo que ainda é esportista, mesmo sem a competência de antes.
O candidato do PSDB foi perguntado, ainda, sobre o fato de campanha petista abordar o tema da violência contra a mulher referindo-se a ele. "Não vou responder, deixa que as pessoas respondam nas urnas a todas essas infâmias", rebateu.
Aécio Neves durante comício em BH, ao lado da mãe, Inês, e do senador eleito Antonio Anastasia
Tancredo e JKAécio encerrou sua campanha em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (22), na Praça da Estação, no centro de Belo Horizonte. No comício ele se comparou aos presidentes Juscelino Kubistchek e Tancredo Neves, dizendo que "herdou" a coragem necessária para mudar o país.
"Mais uma vez, assim como já aconteceu em outros momentos históricos da vida nacional, sempre que a dificuldade era grande, o Brasil buscava em Minas um líder para construir a mudança. Foi assim com Juscelino há 60 anos atrás. Depois, passados 30 anos, coube a outro mineiro, Tancredo Neves, nos conduzir ao encontro com as liberdades e a democracia", afirmou.
"E quase que como uma construção do destino, outros 30 anos se passaram e eu estou aqui com os mesmos valores, com a mesma coragem, com a mesma determinação para dar ao Brasil um governo que seja de todos os brasileiros", completou em seguida.
O discurso reuniu cerca de 10 mil pessoas e durou pouco mais de dez minutos. Aécio ainda disse que pretende "libertar" o povo brasileiro. "São poucos, pouquíssimos dias que nos separam da libertação do Brasil, porque, se há 30 anos atrás o pai de minha mãe, o presidente Tancredo, nos libertou da ditadura, eu vou libertar o Brasil de um governo que se apropriou do Estado nacional em benefício de um pequeno grupo e em detrimento dos interesses maiores da nossa gente".
Os atores Milton Gonçalves e Cláudia Rodrigues, o cantor Fagner, o compositor Fernando Brant e a dupla sertaneja César Menotti e Fabiano também participaram do comício.
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