Na propaganda eleitoral na TV, as ofensas pessoais foram suspensas por acordo mútuo entre os presidenciáveis. Mas a troca de acusações não parou — e Marina Silva entrou na roda.
No programa de quinta-feira (22), Aécio Neves repetiu a estratégia do dia anterior: fez um desabafo em tom de crítica à campanha de Dilma Rousseff.
Durante quase 5 minutos o candidato protestou contra o que classificou como “onda de falsidades e calúnias”.
O objetivo ficou claro: apelar ao emocional, tentar transformar o senso de justiça do eleitor em apoio na hora do voto.
“As mesmas pessoas que chamaram Eduardo Campos de playboy agora me agridem. As mesmas pessoas que atacaram Marina Silva de forma cruel se voltam agora contra mim”, disse o tucano.
Minutos depois, a própria ex-candidata do PSB surgiu na propaganda. Em depoimento direto à câmera, com duração de 1 minuto e meio, ela reforçou o discurso do aliado.
“Eduardo Campos e eu fomos vítimas dessa estratégia destrutiva e agora a mesma coisa está acontecendo com o Aécio”, declarou Marina.
Aécio reclamou das manifestações dos petistas na internet: “Infâmias e gravíssimas mentiras são espalhadas contra mim nas redes sociais por um exército clandestino, anônimo”.
Ao final do testemunhal, adotou uma postura desafiadora: “Eu não tenho medo do PT”.
Pouco depois, Dilma Rousseff contra-atacou. Em seu programa, a candidata à reeleição se queixou sobre o comportamento do adversário nos debates: “Ele critica, critica e critica”.
E continuou: “Ideias novas, que é bom, ele não tem nenhuma. No máximo fala que vai fazer o que já estou fazendo”.
Essa troca de reclamações é pouco esclarecedora para o eleitor indeciso. Um resmunga daqui, outro retruca de lá. Parece rusga de vizinhos briguentos.
As propostas, mais uma vez, ficaram em segundo plano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário