sábado, 15 de novembro de 2014

A casa petista caindo, os tucanos com dedo em riste e o efeito Rhonda Byrne

tucanos
Rhonda Byrne é uma picareta, ops, escritora que vendeu milhões cópias de seu livro “O Segredo”, que ensinava uma técnica “fantástica”: basta desejar que as coisas acontecem. Pelo menos para ela funcionou.


Mas o que Rhonda Byrne tem a ver com os recentes ocorridos na Operação Lava Jato, que hoje causou um verdadeiro fuzuê para o governo? Antes veja a matéria do Estadão:
Quatro presidentes de grandes empreiteiras, 15 executivos e um ex-diretor da Petrobrás ligado ao PT tiveram prisões decretadas nesta sexta-feira, 14, em uma ação policial de proporções inéditas no País. Foi a sétima etapa da Operação Lava Jato, batizada de Juízo Final, cujo principal objetivo é buscar provas contra corruptores.

Nove construtoras que estão entre as maiores doadoras de campanhas e concentram as obras públicas mais vultosas do Brasil tiveram suas sedes vasculhadas pela força-tarefa que apura desvios na Petrobrás.

O cartel de empresas sob suspeita amealhou, mediante fraudes e pagamento de propinas, o equivalente a R$ 59 bilhões em contratos na estatal petrolífera, segundo os investigadores.

Os 36 investigados nessa fase da operação tiveram R$ 720 milhões em bens bloqueados.

As suspeitas envolvem possíveis crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à lei de licitações e lavagem de dinheiro.

As prisões dos presidentes das empreiteiras são temporárias, com duração de cinco dias, mas podem ser prorrogadas “por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade”.

Para cumprir os 85 mandados judiciais, foram mobilizados 300 policiais federais, com o apoio de 50 servidores da Receita Federal, no Paraná, São Paulo, Rio, Minas Gerais, Pernambuco e no Distrito Federal.

Entre os presos estão os presidentes da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, e da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa. Dalton Avancini, presidente da Camargo Corrêa, não havia sido preso ou se entregado até a conclusão desta edição. Valdir Carreiro, que comanda a Iesa Óleo e Gás, vai se entregar à noite.

A PF também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de dois executivos da Odebrecht. O Ministério Público pediu a prisão de Márcio Faria da Silva e Rogério Santos de Araújo. A Justiça não autorizou, segundo a Polícia Federal.

O ex-diretor-presidente da construtora Queiroz Galvão, Ildefonso Colares, se entregou na superintendência da PF em Curitiba no final da tarde. A assessoria de imprensa da Queiroz informou que ele não trabalha para o grupo desde 2012. O vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, que mora em Brasília, negociou com a PF se entregar em Curitiba até o fim da noite.

Agentes da Polícia Federal em frente ao prédio da Camargo Correia, na capital paulista

Ligações. A prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, antecipada pelo portal estadao.com.br, contudo, foi a que mais deixou Brasília apreensiva. Ele foi mantido na diretoria da Petrobrás de 2004 a 2012.

A indicação partiu de José Dirceu, condenado no mensalão – o ex-ministro nega ter feito a indicação. A suspeita é que o outro elo com o partido seja o tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

O Ministério Público Federal, que integra a Operação Lava Jato, chegou a pedir a prisão da cunhada de Vaccari, Marice Correa de Lima, o que foi negado pela Justiça. Acusada de receber “quantias vultosas em espécie” do doleiro Alberto Youssef, um dos operadores do esquema, a pedido da empreiteira OAS, ela prestou depoimento em cumprimento a mandado de condução coercitiva.

O Ministério Público acusa Duque de receber propina em contas abertas em paraísos fiscais fora do País ou em dinheiro vivo. Os pagamentos seriam viabilizados pelo principal agente financeiro da organização investigada: Youssef. O doleiro aceitou fazer delação premiada em troca de redução de pena.

O operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobrás Fernando Soares, o Fernando Baiano, também teve mandado de prisão expedido pela Justiça. Os policiais, entretanto, não encontraram Baiano.
Em abril, 46 investigados na Lava Jato foram indiciados. Em depoimentos à PF e à Justiça Federal no Paraná, onde corre o processo, Costa chegou a afirmar que fazia pagamentos de propina a integrantes de partidos políticos, entre eles PP, PMDB, PT e PSDB.

O Ministério Público Federal e a PF destacaram que a operação deflagrada nesta sexta tem base em documentos apreendidos nas fases anteriores da Lava Jato e nos depoimentos de testemunhas e colaboradores, exceto as delações do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef.

As revelações feitas por Costa e Youssef estão sob o crivo do Supremo Tribunal Federal porque envolvem deputados e senadores, que detêm foro privilegiado perante a Corte.
E enquanto isso, com o que a BLOSTA está preocupada? Leia o texto “Aécio e Aloysio celebram prisão ‘A casa caiu’”:
Os tucanos estão se sentindo com a alma lavada no Dia D da Operação Lava Jato. Em São Paulo, os senadores Aécio Neves e Aloysio Nunes, que foram companheiros de chapa na eleição presidencial, usaram de ironias em seus primeiros comentários sobre as prisões e ocupações de sedes de empreiteiras realizadas na manhã desta sexta-feira 14 pela Polícia Federal.

- Tem muita gente sem dormir em Brasília, divertiu-se Aécio, que estava ao lado do governador Geraldo Alckmin e do ex-presidente Fernando Henrique. Estes preferiram não fazem comentários, mas o senador Aloysio não perdeu a chance de completar a frase do colega mineiro:
- A casa caiu.
Para Aécio, a prisão do ex-diretor da Petrobras Renato Duque e de executivos de empreiteiras revelam que o esquema de corrupção dentro da companhia era maior do que se imaginava inicialmente.


- Cada vez é mais clara a percepção de que não havia um ato isolado de um ou dois dirigentes, mas uma estrutura criminosa dentro da estatal.


Adotando um tom mais sério, Aécio completou:
- A Petrobras incorpora à sua belíssima história a marca perversa da corrupção em razão das ações desse governo.



O PSDB se vê como imune a esse escândalo e acredita só ter a ganhar com os desgates políticos que toda a movimentação da PF pode acarretar. Entre as prisões do dia está a da irmã do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, Marice Corrêa Lima. A condução coercitiva dela já é vista como uma forma de pressão sobre Vaccari, a exemplo do que ocorreu com o ex-diretor Paulo Roberto Roberto Costa, que teve o escritório de sua filha e seu cunhado ocupado pela PF logo depois de sua prisão.
Todos esses colunistas da BLOSTA seriam engraçados se não estivessem mamando nas tetas do governo, lutando para nos oprimir com suas demandas por censura. Sem o aparelhamento estatal, certamente serviriam como humoristas involuntários.



Este não foi o primeiro e nem será o último texto onde esse pessoal transfere a responsabilidade de algo negativo em seu governo não para os verdadeiros responsáveis, mas para a oposição que estaria “torcendo contra”. Dia desses, outro texto do Brasil247 dizia que a Globo quer ver Petrobrás 
condenada nos EUA.



Já imaginaram se a moda pega? Um sujeito que estiver no rala e rola com sua amante no motel e é flagrado pela esposa (junto com um detetive), pode dizer: “É, mas você torceu para eu estar aqui com ela!”.


A mente deformada desse pessoal já não trata mais os fatos como eles são, mas como eles podem ser interpretados por sua conveniência. A partir daí, o problema não estaria com o criminoso, mas com alguém que teria “torcido” para o sujeito cometer o crime. Mesmo que essa torcida nem tenha existido. (Embora, é claro que qualquer pessoa lúcida esteja torcendo para as provas aparecerem e a justiça ser feita)


Provavelmente os petistas e seus jornalistas estão querendo fazer uma nova teoria inspirada no livro de Rhonda Byrne. Seria “O Segredo Parte 2″? É mais ou menos assim: os crimes do Petrolão, assim como suas investigações, só existem devido à torcida do PSDB, da direita “reacionária” e da “mídia golpista” para que tudo ocorresse.

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