24 de novembro de 2014 • 10h12
• atualizado às 12h15
O único precedente no mundo foi a cidade brasileira de São Paulo, que em 2007 decidiu proibir os cartazes publicitários onipresentes em muros
Foto: Wikipédia
Pela primeira vez na Europa, uma cidade, Grenoble
(sudeste da França), decidiu proibir os cartazes publicitários em suas
ruas, para substituí-los por árvores.
Esta decisão foi tomada pelo prefeito ecologista Eric
Piolle, que governa desde março esta cidade de 160 mil habitantes
situada aos pés dos Alpes.
Entre janeiro e abril de 2015, 326 cartazes
publicitários serão retirados por seu fabricante, a empresa francesa
JCDecaux. No total, 2 mil metros quadrados de publicidade desaparecerão
das ruas da cidade. Em seu lugar, a prefeitura prometeu plantar 50
árvores.
"Os primeiros cartazes foram instalados em Grenoble em
1976. Trata-se de um modelo obsoleto que não corresponde às expectativas
dos habitantes, que desejam se reapropriar do espaço público", declarou
à AFP Lucille Lheureux, vice-prefeito encarregado dos espaços públicos.
A decisão, uma promessa de campanha do prefeito Eric
Piolle, é "uma primícia europeia para uma grande cidade", segundo a
prefeitura.
O único precedente no mundo foi a cidade brasileira de
São Paulo, que em 2007 decidiu proibir os cartazes publicitários
onipresentes em seus muros.
No
entanto, em 2012 São Paulo reintroduziu a publicidade em seu espaço
público, assinando com a JCDecaux um contrato para a instalação de mil
relógios que dão aos habitantes a hora, a temperatura, a qualidade do ar
e informações municipais.
Apesar da decisão das autoridades municipais de
Grenoble, a publicidade não desaparecerá totalmente da cidade, já que os
refúgios dos pontos de ônibus não são afetados pela medida.
Os cartazes publicitários contidos nos mesmos respondem a
um contrato assinado por JCDecaux e pela sociedade mista administradora
do transporte público da região de Grenoble (SMTC) que só expirará em
2019.
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