21 de novembro de 2014
Karla Cabral e Ana Fabre Do G1 RO
A Polícia Federal cumpre, nesta sexta-feira (21), 27 mandados de
condução coercitiva para localizar envolvidos no suposto esquema de
desvio de verbas públicas e direcionamento de licitações no governo de
Rondônia, revelado na Operação Plateias. As buscas são realizadas em
sete estados, no Distrito Federal
e na Espanha. Segundo as investigações da operação, iniciada na
quinta-feira (20), uma organização criminosa, formada por lobistas e
agentes públicos, teria desviado mais de R$ 57 milhões, em contratos que
chegam a quase R$ 300 milhões.
Dos 27 mandados a serem cumpridos nesta sexta, 17 são em Rondônia, 1 no Acre, 1 no Amazonas, 1 na Bahia, 1 em Brasília, 2 em Goiás, 3 no Rio de Janeiro e 1 na Espanha.
O mandado no país europeu foi expedido para que um militar do Exército,
residente na Espanha, seja conduzido e ouvido sobre o caso. Na quinta,
quando a operação teve início, foram cumpridos quatro mandados de prisão
temporária e 129 pessoas foram conduzidas para prestar depoimento,
entre elas, o governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), apontado
como um dos envolvidos. De acordo com a vice-procuradora-geral da
República, Ela Wiecko, as investigações mostraram que o dinheiro do
esquema abasteceu a campanha do governador, eleito em 2010 e reeleito
neste ano.
Após ser levado à sede da Polícia Federal nesta quinta para depor,
sem ser detido, e prestar esclarecimentos por cerca de seis horas,
Confúcio disse, em coletiva à imprensa, que será duro e enérgico na
exoneração dos nomes investigados na operação, tão logo haja mínimas
comprovações de envolvimento no crime.
Segundo a apuração da PF, empresas interessadas em participar de licitações do governo de Rondônia eram obrigadas a fazer doações a campanhas eleitorais.
Na quinta, também foram cumpridos mandados de busca em oito secretarias de estaduais de Rondônia, onde foram encontradas irregularidades em processos de licitação. Nas sedes das pastas de Saúde, Justiça, Educação, Desenvolvimento Ambiental, Assistência Social, e Obras e Serviços Públicos, localizadas em Porto Velho, foram apreendidos documentos, processos administrativos, notebooks, mídias e agendas. O material será analisado pela superintendência da Polícia Federal de Rondônia.
Quanto aos quatro envolvidos que foram detidos, a PF não divulgou oficialmente os nomes dos presos. A Polícia Federal informou apenas que dois deles estão em Porto Velho, na Penitenciária de Médio Porte, o Pandinha, um em Ji-Paraná, no Presídio Agenor Martins de Carvalho, e o outro em Brasília, no Complexo Penitenciário da Papuda. Os quatro ficarão detidos até a próxima segunda-feira (24), quando vence o prazo da prisão temporária. Caso seja necessário, a PF pedirá a prorrogação da prisão ao Ministério Público.
Depoimentos
O secretário estadual de Saúde de Rondônia, Williames Pimentel de Oliveira, está depondo na sede da PF nesta sexta-feira. Entre as irregularidades apuradas nas investigações, estão desvios de verbas e direcionamento de licitações para a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e em contratos para o fornecimento de alimentação a hospitais da rede pública estadual de saúde.
Um funcionário público licenciado que já atuou na Secretaria Estadual de Saúde e da Superintendência Estadual de Licitações também aguarda para depor na sede da Polícia Federal. O servidor não teve o nome divulgado.
Segundo as investigações, que tiveram início em 2012, empresas
interessadas em participar de licitações do governo de Rondônia eram
obrigadas a fazer doações a campanhas eleitorais. As licitações eram
direcionadas para serem vencidas pelas companhias que faziam parte do
esquema criminoso. Em alguns casos, havia até mesmo dispensa de
concorrência pública.
Também foram verificados pagamentos indevidos a agentes públicos. Teria sido criado um “fundo de propina”, que chegava movimentar cerca de R$ 2 milhões por mês.
Foram encontradas irregularidades na Companhia de Água e Esgoto de Rondônia (Caerd) e em oito secretarias do atual governo: Saúde, Justiça, Educação, Desenvolvimento Ambiental, Assistência Social, e Obras e Serviços Públicos.
Entre os contratos investigados estão o da construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o de fornecimento de alimentos a hospitais e presídios e o de compra de medicamentos.
Segundo a apuração da PF, empresas interessadas em participar de licitações do governo de Rondônia eram obrigadas a fazer doações a campanhas eleitorais.
Na quinta, também foram cumpridos mandados de busca em oito secretarias de estaduais de Rondônia, onde foram encontradas irregularidades em processos de licitação. Nas sedes das pastas de Saúde, Justiça, Educação, Desenvolvimento Ambiental, Assistência Social, e Obras e Serviços Públicos, localizadas em Porto Velho, foram apreendidos documentos, processos administrativos, notebooks, mídias e agendas. O material será analisado pela superintendência da Polícia Federal de Rondônia.
Quanto aos quatro envolvidos que foram detidos, a PF não divulgou oficialmente os nomes dos presos. A Polícia Federal informou apenas que dois deles estão em Porto Velho, na Penitenciária de Médio Porte, o Pandinha, um em Ji-Paraná, no Presídio Agenor Martins de Carvalho, e o outro em Brasília, no Complexo Penitenciário da Papuda. Os quatro ficarão detidos até a próxima segunda-feira (24), quando vence o prazo da prisão temporária. Caso seja necessário, a PF pedirá a prorrogação da prisão ao Ministério Público.
Depoimentos
O secretário estadual de Saúde de Rondônia, Williames Pimentel de Oliveira, está depondo na sede da PF nesta sexta-feira. Entre as irregularidades apuradas nas investigações, estão desvios de verbas e direcionamento de licitações para a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e em contratos para o fornecimento de alimentação a hospitais da rede pública estadual de saúde.
Um funcionário público licenciado que já atuou na Secretaria Estadual de Saúde e da Superintendência Estadual de Licitações também aguarda para depor na sede da Polícia Federal. O servidor não teve o nome divulgado.
O esquema
Também foram verificados pagamentos indevidos a agentes públicos. Teria sido criado um “fundo de propina”, que chegava movimentar cerca de R$ 2 milhões por mês.
Foram encontradas irregularidades na Companhia de Água e Esgoto de Rondônia (Caerd) e em oito secretarias do atual governo: Saúde, Justiça, Educação, Desenvolvimento Ambiental, Assistência Social, e Obras e Serviços Públicos.
Entre os contratos investigados estão o da construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o de fornecimento de alimentos a hospitais e presídios e o de compra de medicamentos.
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