24 de novembro de 2014 • 10h44
• atualizado às 13h01
Desde a quarta-feira da semana passada a
população da pequena cidade de Bom Jesus, com 11 mil habitantes, tem
testemunhado o extermínio de cães de rua e de estimação. Até a manhã
desta segunda-feira, mais de 100 animais foram encontrados mortos pelas
ruas da localidade.
A polícia foi acionada e investiga quem pode ter sido
o autor do extermínio em massa. Imagens de câmeras de vigilância estão
sendo averiguadas em busca de alguma pista e segundo a delegada Thalita
Andrich, já existem pistas que podem indicar a autoria do crime.
“Estamos analizando as imagens de câmeras de segurança e
de testemunhas, porque o crime foi cometido durante a madrugada, mas
estamos seguindo uma linha bastante boa para identificar a autoria do
delito”, afirma a delegada
Ainda não foi possível identificar qual veneno foi
utilizado, mas especula-se que seja um agrotóxico utilizado na plantação
de batatas. Na manhã de hoje, a prefeitura realizará uma reunião com
ativistas em busca de um local que possa abrigar os cachorros que ainda
estão pelas ruas.
“É uma matança muito grande, e isso não mata na hora,
teve bichinho agonizando quando o dia amanheceu, você vê aquilo por 20
minutos e não pode fazer nada, é um sentimento de impotência”, afirma a
presidente da Associação Bonjesuense de Proteção Animal, Claudia Gomes
Correia.
Segundo ela, o veneno foi espalhado por diversos pontos
da cidade, o que leva os ativistas a cogitarem a possibilidade de que
mais de um grupo seria o responsável pela matança. Um problema, segundo
Claudia, é que ainda não se sabe exatamente quais foram os locais onde a
substância foi colocada, ou seja, ainda há risco de envenenamento não
só de animais, mas também de crianças.
Além dos animais de rua, bichos de estimação também
foram encontrados mortos. “Teve casos de animais que estavam dentro do
pátio da casa que foram envenenados”, afirma Claudia, dizendo que o
envenenamento repentino intriga a todos.
Nesta final de semana, moradores da cidade fizeram uma
passeata para denunciar as mortes e, após a reunião de hoje, os
ativistas esperam conseguir um local para proteger os bichos que não
foram atingidos.
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