terça-feira, 4 de novembro de 2014

Brasil, o último a sair apague a luz, por favor


Jorge Oliveira

Publicado: 3 de novembro de 2014 às 20:22 - Atualizado às 20:25

Brasília – A economia está desmilinguido. Todos os índices estão em queda. As contas públicas apresentaram um rombo recorde de 25 bilhões, o pior resultado desde 1997.  O PIB fecha próximo de zero em 2014. As tarifas de energia e a gasolina terão os preços reajustados.


O Brasil está à deriva.  O ministro Guido Mantega, que ainda se segura no cargo, foi demitido durante a campanha da Dilma. E para piorar a situação já existem sinais de rebeldia nas ruas.


O povo dá sinais de insurgência e pede o impeachment da presidente reeleita que continua contemplando as nuvens. É incapaz de uma reação. E quando tenta reagir é apresentando nomes de figurinhas carimbadas da política para assumir ministérios.

Outros sinais negativos da economia levam especialistas a admitir que o Brasil vai entrar em profunda recessão. Veja: a  Conta de Desenvolvimento Energético acumula um rombo de 8 bilhões de reais e as distribuidoras tem uma dívida de outros 28 bilhões que vão repassar para os consumidores nos próximos três anos.


As metas de inflação para 2015 estão sendo corrigidas pelo governo. E pelo andar da carruagem, coisa boa não vem por aí. Na indústria automobilística o quadro também é sombrio. Mesmo com o governo ajudando com a redução do IPI, uma das montadoras, a GM, de São Caetano do Sul, já anunciou a demissão de mais 850 trabalhadores.

O mais grave de tudo isso é que todos esses índices foram escamoteados por Dilma e seus auxiliares diretos durante a campanha. Até mesmo, o IPEA, um dos institutos mais respeitados, foi proibido de divulgar os números sociais negativos do país para impedir que a oposição usasse nos programas eleitorais.


A população foi privada de conhecer o fracasso da administração da Dilma que implementou a propaganda eleitoral com informações mentirosas e vazias sobre o seu governo. O preço a pagar por essa irresponsabilidade é grande e vai cair nas costas do trabalhador quando os empregos começarem a desaparecer pelo desaquecimento da economia e consequentemente pela baixa produtividade da indústria.

No campo, os sinais da estagnação da economia são muito claros.  A produção do etanol, o combustível do automóvel, é a pior dos últimos trinta anos. Sertãozinho,  em São Paulo, um dos locais de maior concentração desse produto, saiu de uma ilha de prosperidade nos anos 2003 e 2008, quando crescia ao ritmo chinês de 10% ao ano, para um flagelo econômico. Das sete usinas, duas fecharam e uma está em recuperação judicial. Sem encomendas das usinas, as 500 indústrias metalúrgicas já extinguiram 10 mil postos de trabalho e viram o faturamento cair 50%, como informa o Globo.

Carlos Roberto Liboni, secretário da Indústria e Comércio de Sertãozinho, disse que o município caiu do quarto para o 54 lugar no índice de desenvolvimento da Firjan, que mede a qualidade do emprego, renda, saúde e educação entre cinco mil municípios. Em todo estado de São Paulo, responsável por mais de 60% da cana plantada no Brasil, nos últimos quatro anos, 26 usinas fecharam. É a maior crise dos últimos trinta anos, segundo os empresários paulistas.

Este é o quadro desalentador do Brasil que não cresce, que enferrujou e segue um caminho imprevisível com desemprego e estagnação econômica. A Dilma precisa se cuidar porque a população, dividida, certamente vai aumentar as manifestações de ruas para cobrar um governo decente, sem corrupção e preparado para tirar o país desse atoleiro econômico.

O povo, quando quer, sabe cobrar.

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