4 de novembro de 2014
Camila Bomfim Da TV Globo
O juiz federal Sérgio Moro autorizou os depoimentos em cinco países
de sete testemunhas para esclarecer o esquema de lavagem de dinheiro
investigado pela Operação Lava Jato, que movimentou cerca de R$ 10
bilhões, segundo a Polícia Federal, e apontou desvios de recursos na Petrobras.
Além de Youssef, a Lava Jato levou à prisão o ex-diretor da Petrobras
Paulo Roberto Costa, que teria operado um esquema de superfaturamento
de contratos da estatal por meio de distribuição de propina. Depois de
firmar acordo de delação premiada, ele passou a colaborar com as investigações, por meio de depoimentos, e, em troca, obteve o benefício da prisão domiciliar.
Os depoimentos no exterior foram um pedido da defesa de João Procópio, apontado nas investigações como operador do dinheiro de Youssef no exterior.
A Suíça já bloqueou US$ 5 milhões atribuídos ao doleiro, preso em Curitiba e que fez acordo de delação premiada para colaborar com as investigações em troca de benefícios, como redução da pena.
Serão intimadas para depor sete testemunhas: duas na Suíça, duas em Cingapura, uma no Panamá, uma em Londres e uma em Hong Kong.
No Panamá, o juiz pede o depoimento de Ida A. de Rodriguez, que seria
responsável pelas empresas Elba Services, Solvang Holdings e Thingrass
Services. Em Londres, o pedido é para que seja ouvido o advogado Michael
Reason, que teria estruturado as empresas Santa Clara e Santa Tereza;
e, em Hong Kong, Wyman Leung, responsável por atos de pessoas jurídicas
citadas na denúncia.
As datas dos depoimentos ainda serão determinadas. O juiz Sergio Moro indicou na decisão os acordos internacionais que permitirão esses depoimentos e estabeleceu o prazo de 15 dias para que as traduções sejam feitas. As declarações serão enviadas à Justiça Federal do Paraná.
Segundo a decisão, tomada na última
quinta-feira (30) e que passou a integrar o processo nesta segunda (3),
os depoentes são funcionários de banco e pessoas apontadas nas
investigações da Lava Jato que teriam aberto empresas no exterior ou
facilitado operações bancárias para o grupo do doleiro Alberto Youssef,
preso por supostamente chefiar o esquema.
Os depoimentos no exterior foram um pedido da defesa de João Procópio, apontado nas investigações como operador do dinheiro de Youssef no exterior.
A Suíça já bloqueou US$ 5 milhões atribuídos ao doleiro, preso em Curitiba e que fez acordo de delação premiada para colaborar com as investigações em troca de benefícios, como redução da pena.
Serão intimadas para depor sete testemunhas: duas na Suíça, duas em Cingapura, uma no Panamá, uma em Londres e uma em Hong Kong.
Em Cingapura, Procópio indicou Martin F. de Cruz, citado pela
Polícia Federal como responsável por criar duas empresas no exterior – a
Savoy Trading e Onix –, que teriam participado das operações ilegais da
quadrilha. Na Suíça, serão intimados Alessandro Seralvo e Eric Kunz,
funcionários do banco PKB e citados nas investigações como responsáveis
por manipular dados e contas para facilitar a ação do grupo de Youssef.
As datas dos depoimentos ainda serão determinadas. O juiz Sergio Moro indicou na decisão os acordos internacionais que permitirão esses depoimentos e estabeleceu o prazo de 15 dias para que as traduções sejam feitas. As declarações serão enviadas à Justiça Federal do Paraná.
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