3 de novembro de 2014
O músico Lobão usou as redes sociais para se defender de críticas de
que apoiaria uma intervenção militar no país para derrubar o governo de
Dilma. No domingo (2), cerca de 2.500 mil manifestantes se reuniram na
avenida Paulista para protestar contra a reeleição da presidente
petista.
Lobão participou do ato e, com uma bandeira do Brasil nos ombros, defendeu a recontagem dos votos. “Não tem ninguém aqui golpista”, disse ao microfone.
Porém uma parte mais radical dos manifestantes defendeu um novo golpe militar no país. “É necessária a volta do militarismo. O que vocês chamam de democracia é esse governo que está aí?”, criticou o investigador de polícia Sérgio Salgi, de 46 anos, que carregava cartaz com o pedido “SOS Forças Armadas”.
A reivindicação provocou entusiasmadas reações prós e contras nas redes sociais, obrigando Lobão a fazer uma “nota de esclarecimento” em usa página no Facebook.
Na carta aberta, o músico afirma que “qualquer ditadura é injustificável” e que não está ligado a nenhuma liderança política. “Sou apenas um cidadão indignado como qualquer outro”, conta. Lobão também criticou algumas correntes “separatistas” que proliferam na internet, dizendo que o Nordeste é o responsável pela reeleição de Dilma: “É um absurdo querer apontar uma região como responsável pelo naufrágio político”.
Antes das eleições, Lobão chegou a dizer que deixaria o país em caso de vitória petista. Depois de confirmada a reeleição, voltou atrás. O cantor, aliás, também voltou ao tema na mensagem. “Aos que cobram a minha partida do Brasil por supostamente acharem que assim o prometi é bom lembrar que ainda estando numa democracia, tenho pleno direito de ir e vir, trocar de opinião e manifestá-la quando quiser.”
Leia a nota na íntegra:
Quero deixar bem claro, pela enésima vez, através desta pequena carta, a minha postura em relação ao que vem acontecendo no país:
Em primeiro lugar, é necessário sublinhar que não faço parte de nenhuma liderança política. Sou um músico que ama seu ofício e minha participação nas manifestações é a de um cidadão indignado como qualquer outro brasileiro.
Em segundo lugar, vale a pena lembrar que, nunca, jamais em tempo algum, apoiei uma ditadura e sempre disse e continuo a insistir que qualquer ditadura é injustificável.
Partindo desse princípio, não haveria a menor possibilidade de ter o meu nome associado a golpe militar, intervenção militar ou coisa que o valha. Isso é uma forma tão cretina de reagir como ainda acreditar que Cuba é uma vítima dos EUA e que é “cool” sair por aí impunemente de camiseta de Che Guevara.
Quem apóia uma ditadura não tem condição moral de ir contra nenhuma outra.
Em terceiro lugar, jamais concordei com a ideia de separatismo; amo meu país de norte a sul e todos os meus irmãos. É um absurdo querer apontar uma região como responsável pelo naufrágio político, social, moral e econômico que nos encontramos.
Venho me manifestando veementemente contra a atuação lamentável do PT, sua militância fanática e violenta, suas falcatruas astronômicas, já impossíveis de se camuflar e sua evidente postura de impôr ao país um regime totalitário.
Se uma democracia vive de seus três poderes independentes, então já não vivemos numa democracia há muito tempo.
Se o Estado brasileiro deve ser soberano em suas ações, é evidente que não mais possuímos essas soberania. Temos um governo atrelado ao Foro de SP.
Seria muita ingenuidade nós olharmos ao redor, na América do Sul e não percebermos o que estamos passando.
Acredito que todo o brasileiro que tem o mínimo de vergonha na cara e o mínimo de informação está completamente indignado com essa presença inóspita e sombria a nos impôr suas doutrinas com cinismo e mentiras.
A imprensa oficial com rarísimas exceções, está completamente à mercê do governo e tudo alí é filtrado e deturpado.
Portanto, o que acredito que temos de fazer é insistir na recontagem dos votos, não nos acomodarmos com um resultado imposto goela abaixo , pois quando há indícios inúmeros de fraude, é legítimo exigirmos transparência.
Se somos obrigados a votar, temos o direito de saber o que acontece com os nossos votos.
Esconder isso da gente nos aponta uma vez mais para um regime ditatorial.
Assim acontece na Venezuela, na Bolívia no Equador e em todos os países fiiados ao Foro de SP.
E se é inconstitucional um governo ser subalterno a uma instituição internacional , o PT não tem condições de governar o país.
Se é inconstitucional enviar dinheiro para o exterior sem consultar o congresso nacional , a presidente da República não tem condições de governar esse país.
O Brasil merece se desenvolver, se tornar uma grande Nação, seu povo merece viver uma prosperidade que nunca experimentou, ser unido e não viver refém de um ódio plantado por um partido que, para governar precisa dividir.
E para sacramentar um assunto mais que adormecido, aos que cobram a minha partida do Brasil por, supostamente acharem que assim o prometi, é bom lembrar que ainda estando numa democracia, tenho pleno direito de ir e vir, trocar de opinião e manifestá-la quando quiser. E é bom acostumarem-se a essa realidade.
Como pessoa pública me sinto na obrigação de me posicionar de maneira enfática por ter acreditado nesse parttido e feito companha de 1989 a 2002 para elegê-lo.
E, ao contrário do que a militância petista quer acreditar, o meu histórico só fortalece a minha postura, pois estive lá dentro e sei do que estou falando.
Continuarei a lutar por meus direitos, pela liberdade e pela democracia sempre no campo da legalidade.
Que isso fique bem claro de uma vez por todas !
E vamos todos juntos por um Brasil livre que a hora é essa!
Lobão
Lobão participou do ato e, com uma bandeira do Brasil nos ombros, defendeu a recontagem dos votos. “Não tem ninguém aqui golpista”, disse ao microfone.
Porém uma parte mais radical dos manifestantes defendeu um novo golpe militar no país. “É necessária a volta do militarismo. O que vocês chamam de democracia é esse governo que está aí?”, criticou o investigador de polícia Sérgio Salgi, de 46 anos, que carregava cartaz com o pedido “SOS Forças Armadas”.
A reivindicação provocou entusiasmadas reações prós e contras nas redes sociais, obrigando Lobão a fazer uma “nota de esclarecimento” em usa página no Facebook.
Na carta aberta, o músico afirma que “qualquer ditadura é injustificável” e que não está ligado a nenhuma liderança política. “Sou apenas um cidadão indignado como qualquer outro”, conta. Lobão também criticou algumas correntes “separatistas” que proliferam na internet, dizendo que o Nordeste é o responsável pela reeleição de Dilma: “É um absurdo querer apontar uma região como responsável pelo naufrágio político”.
Antes das eleições, Lobão chegou a dizer que deixaria o país em caso de vitória petista. Depois de confirmada a reeleição, voltou atrás. O cantor, aliás, também voltou ao tema na mensagem. “Aos que cobram a minha partida do Brasil por supostamente acharem que assim o prometi é bom lembrar que ainda estando numa democracia, tenho pleno direito de ir e vir, trocar de opinião e manifestá-la quando quiser.”
Leia a nota na íntegra:
Quero deixar bem claro, pela enésima vez, através desta pequena carta, a minha postura em relação ao que vem acontecendo no país:
Em primeiro lugar, é necessário sublinhar que não faço parte de nenhuma liderança política. Sou um músico que ama seu ofício e minha participação nas manifestações é a de um cidadão indignado como qualquer outro brasileiro.
Em segundo lugar, vale a pena lembrar que, nunca, jamais em tempo algum, apoiei uma ditadura e sempre disse e continuo a insistir que qualquer ditadura é injustificável.
Partindo desse princípio, não haveria a menor possibilidade de ter o meu nome associado a golpe militar, intervenção militar ou coisa que o valha. Isso é uma forma tão cretina de reagir como ainda acreditar que Cuba é uma vítima dos EUA e que é “cool” sair por aí impunemente de camiseta de Che Guevara.
Quem apóia uma ditadura não tem condição moral de ir contra nenhuma outra.
Em terceiro lugar, jamais concordei com a ideia de separatismo; amo meu país de norte a sul e todos os meus irmãos. É um absurdo querer apontar uma região como responsável pelo naufrágio político, social, moral e econômico que nos encontramos.
Venho me manifestando veementemente contra a atuação lamentável do PT, sua militância fanática e violenta, suas falcatruas astronômicas, já impossíveis de se camuflar e sua evidente postura de impôr ao país um regime totalitário.
Se uma democracia vive de seus três poderes independentes, então já não vivemos numa democracia há muito tempo.
Se o Estado brasileiro deve ser soberano em suas ações, é evidente que não mais possuímos essas soberania. Temos um governo atrelado ao Foro de SP.
Seria muita ingenuidade nós olharmos ao redor, na América do Sul e não percebermos o que estamos passando.
Acredito que todo o brasileiro que tem o mínimo de vergonha na cara e o mínimo de informação está completamente indignado com essa presença inóspita e sombria a nos impôr suas doutrinas com cinismo e mentiras.
A imprensa oficial com rarísimas exceções, está completamente à mercê do governo e tudo alí é filtrado e deturpado.
Portanto, o que acredito que temos de fazer é insistir na recontagem dos votos, não nos acomodarmos com um resultado imposto goela abaixo , pois quando há indícios inúmeros de fraude, é legítimo exigirmos transparência.
Se somos obrigados a votar, temos o direito de saber o que acontece com os nossos votos.
Esconder isso da gente nos aponta uma vez mais para um regime ditatorial.
Assim acontece na Venezuela, na Bolívia no Equador e em todos os países fiiados ao Foro de SP.
E se é inconstitucional um governo ser subalterno a uma instituição internacional , o PT não tem condições de governar o país.
Se é inconstitucional enviar dinheiro para o exterior sem consultar o congresso nacional , a presidente da República não tem condições de governar esse país.
O Brasil merece se desenvolver, se tornar uma grande Nação, seu povo merece viver uma prosperidade que nunca experimentou, ser unido e não viver refém de um ódio plantado por um partido que, para governar precisa dividir.
E para sacramentar um assunto mais que adormecido, aos que cobram a minha partida do Brasil por, supostamente acharem que assim o prometi, é bom lembrar que ainda estando numa democracia, tenho pleno direito de ir e vir, trocar de opinião e manifestá-la quando quiser. E é bom acostumarem-se a essa realidade.
Como pessoa pública me sinto na obrigação de me posicionar de maneira enfática por ter acreditado nesse parttido e feito companha de 1989 a 2002 para elegê-lo.
E, ao contrário do que a militância petista quer acreditar, o meu histórico só fortalece a minha postura, pois estive lá dentro e sei do que estou falando.
Continuarei a lutar por meus direitos, pela liberdade e pela democracia sempre no campo da legalidade.
Que isso fique bem claro de uma vez por todas !
E vamos todos juntos por um Brasil livre que a hora é essa!
Lobão
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